sexta-feira, 29 de maio de 2015



IMPLANTAÇÃO DE PACTO CONTRA VIOLÊNCIA É DEFENDIDA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA DA CDH.

A implantação do Pacto pelo Enfrentamento à Violência contra a Mulher, firmado pelo governo federal com os governos estaduais, foi um dos principais temas de audiência pública, promovida nesta terça- feira (12) pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), destinada a fazer um balanço sobre os resultados pela Lei Maria da Penha.

Este pacto tem como eixo estrutural a instalação de casas de abrigo, chamadas de "Casa da Mulher Brasileira" (CMB), e que possibilitarão um atendimento amplo para vítimas de violência.

Como informou na audiência a representantes da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Aparecida Gonçalves, ainda neste mês estará em funcionamento a primeira CMB em Brasília, e outras já estão em obras nas demais capitais. Mas a servidora do governo federal reconhece que aspectos relacionados à burocracia, como a lentidão nas licitações e no próprio andamento das obras, tem criado obstáculos.

- Você coloca os Poderes Judiciários e Executivos, o Ministério Público, a Defensoria, todos no mesmo espaço físico e obedecendo a protocolos de atendimentos. Além de toda uma estrutura voltada para o abrigo de passagem para a mulher e eventuais crianças - lembrou Aparecida.

Esta estrutura inclui ainda brinquedoteca e a presença de profissionais como psicólogos e assistentes sociais. 
Orçamento federal.

A reunião foi presidida pela senadora Ângela Portela (PT- RR), para quem o pacto só produzirá resultados efetivos se houver recursos do Orçamento da União com esta finalidade.

- Hoje menos de 20% dos municípios têm uma estrutura mínima voltada para o atendimento à  mulher. Em Roraima, para todo o estado, existe apenas uma delegacia especializada - disse a senadora.

A mesma visão foi apresentada pelo senador Donizete Nogueira (PT- TO), que acredita que as casas de abrigo são caras até para municípios de médio porte. O senador ainda lamentou que, desde a promulgação da Lei Maria da Penha, segundo dados oficiais, mais de 1 milhão de mulheres foram assassinadas e cerca de 500.000 estupradas.

Aparecida Gonçalves alertou aos senadores que a lei já teria produzido uma consequência prática, traduzida no aumento das denúncias das vítimas de violência. Um avanço cultural reconhecido também por Donizete Nogueira.
Resultados da lei. 

Quem também participou da audiência foi o pesquisador Daniel Cerqueira, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Ele apresentou aos senadores três pesquisas conduzidas pleo órgão, que no entender da instituição indicam que a lei diminuiu o número de agressões às mulheres.

Os Estudos do Ipea basearam-se em números oficiais do governo e da Organização das Nações Unidas (ONU) relacionados a casos de assassinato. desde a promulgação da lei em 2006, as mortes de mulheres por razões de gênero apresentaram um aumento de 10%, número bem inferior a qualquer outra base de comparação durante este período.

- Os números de assassinatos são indicadores de outros casos de violência grave ou de agressões. Temos muito a avançar ainda, mas podemos dizer que centenas de milhares de mulheres deixaram de ser agredidas desde a vigência da Maria da Penha - defende o pesquisador.

Cerqueira também acredita que o maior desafio no momento é a efetivação de uma estrutura estatal, integrando estruturas de governo, para que mais estados e municípios contem com delegacias especializadas e casas de abrigo.

-A lei desnaturalizou a violência contra a mulher. Vivemos em uma sociedade onde até recentemente se justificavam agressões com argumentos do tipo "ela provocou porque estava com pouca roupa" ou de "Legítima defesa da honra" - disse o pesquisador, ao defender que a lei combate o machismo no campo civilizacional.

Cerqueira ainda lembra que a lei atua como "elemento dissuasório", ao empoderar a mulher e prever punições como a prisão e o afastamento do agressor do mesmo ambiente da vítima.

- Antes da lei se punia a agressão à mulher com pagamentos de cesta básica, existem inúmeros casos na Justiça com punições como essa- disse.

Fonte: Agência Senado.


terça-feira, 26 de maio de 2015

Lamentável, diz ministra de Políticas para Mulheres sobre estupro de aluna.

Família denunciou estupro de garota de 12 anos em escola. Eleonora Menicucci participa de seminário sobre violência contra mulher.


A ministra de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, afirmou nesta quarta-feira (20) considerar "lamentável" o estupro de uma menina de 12 anos denunciado pela família dela e que teria sido cometido por outros três menores de idade dentro de uma escola da Zona Sul de São Paulo.

"É lamentável. (Vejo) com muita tristeza, muita indignação. Isso não pode acontecer", disse após a abertura do Seminário Internacional Cultura da Violência contra as Mulheres, que acontece no Sesc Pinheiros, em São Paulo.

Segundo a ministra, a violência de gênero e contra as mulheres passará a fazer parte do currículo do ensino médio e fundamental no Brasil.

"Nós temos um pacto com o Conselho Federal de Educação, a Maria da Penha, eu, e com o ministro (da Educação, Renato) Janine de introduzir nos currículos de ensino médio e fundamental a temática não só de gênero, mas a temática de violência contra as mulheres. isso já está aceito e eu tenho esperança que em 2016 isso esteja efetivamente implementado", afirmou.

A polícia e a Secretaria Estadual da Educação estão acompanhando o caso de estupro contra a menina de 12 anos que, segundo a denúncia da família, ocorreu na Escola Estadual Leonor Quadros.

A mãe da menina contou que, no último dia 12, a filha foi levada pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) da escola para o pronto-socorro. No hospital, ela falou sobre o que tinha acontecido.

"Ela sofreu, sofreu durante 50 minutos", disse a mãe."Ela foi arrastada até o banheiro masculino por um deles, e os outros dois já estavam dentro do banheiro esperando ela. E ela foi ali, né, cruelmente agredida. Ela não os conhecia, ela não tinha amizade com eles."

Seminário

O primeiro Seminário Internacional Cultural da Violência contra as Mulheres começou nesta quarta com o objetivo de discutir processos sociais e de formação dos indivíduos que fazem com que atos violentos de gênero ainda sejam uma realidade no mundo. O evento ocorre até esta quinta-feira com a realização de palestras e participação de 20 especialistas do Brasil, Estados Unidos, Argentina, Inglaterra, Costa Rica e México.

A abertura contou com a presença de várias personalidades da luta pelos direitos das mulheres, entre elas a diretora do Instituto Patrícia Galvão, Jacira Melo; a representante da Fundação Ford no Brasil, Nilcéia Freire; e a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman.

Esta última trouxe números sobre a violência contra as mulheres no mundo, entre eles o de que uma em cada três mulheres já sofreu violência física ou sexual.

A ministra Eleonora Menicucci participou da abertura do evento e leu a carta da presidente Dilma Rousseff (PT). Eleonora afirmou que "a sociedade como um todo aceita, e esperamos que não aceite mais essa barbaridade da violência contra as mulheres simplesmente pelo fato de sermos mulheres. É essa banalização da violência que nós temos que enfrentar", disse.

Ela pediu uma salva de palmas para Maria da Penha, nome da mulher e da lei que cria penas duras para homens que praticam violência contra mulheres.

Palestras

A primeira palestra do seminário seria da ministra, Cármem Lúcia, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, que, no entanto, não compareceu ao evento. Outro que havia confirmado presença e não esteve no evento foi o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) que enviou representantes.

Após a abertura, a programação seguiu com uma palestra de Lori Heisi, professora da London School of Hygiene & Tropical Medicine.

O seminário é organizado pelo instituto Vladimir Herzog e o Instituto Patrícia Galvão, em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, a ONU Mulheres e a Fundação Ford.

(fonte:http://www.tribunahoje.com/)

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Mulheres deixam de ir a espaços públicos por medo de violência.

Os dados motivaram as instituições a lançar, na última sexta-feira, a campanha #meninapodetudo.

A violência contra a mulher é assunto em alta nos últimos anos, mas nem por isso o tema deixou de ser tabu. Uma pesquisa que será divulgada hoje mostra que 90¢ das mulheres entre 14 e 24 anos que vivem nas periferias brasileiras afirmam ter deixado de frequentar espaços públicos e de usar determinadas roupas por medo da violência. O levantamentos foi realizado pela Agência Énois- Inteligência Jovem, em parceria com os institutos Vladmir Hergoz e Patrícia Galvão. Foram ouvidas 2.285 mulheres de 370 cidades do País. Os dados motivaram as instituições a lançar, na última sexta-feira, a campanha #meninapodetudo.

"O que mais chamou a atenção é que, apesar de todas as mudanças nas últimas décadas, a gente ainda ensina no ambiente familiar e na escola que existem coisas que são só de meninos e outras só de meninas. A educação ainda é muito machista", explica Érica Teruel Guerra, coordenadora da pesquisa e educadora da agência.



Baile do funk da Paz, na Rocinha em 2011: O primeiro depois da pacificação Foto: Gabriel de Paiva /Agência O Globo


A palavra "rua" foi a mais citada nas respostas, sobre como a violência aparece no dia-a-dia das mulheres. O espaço público é visto, pela maior parte das entrevistas, como um local em que não há segurança ou respeito: 94% delas já forma assediadas verbalmente e 77% , fisicamente, como a "encoxada" no transporte público ou o beijo forçado e a passada de mão nas casas noturnas.

"As meninas crescem ouvindo que a rua não é lugar delas, que não podem sair em determinados horários, que não podem usar tais roupas. Então, certamente, a menina não vai se sentir à vontade na tal qual o menino, que é incentivado desde criança a brinca na rua", afirma Érica.

O levantamento mostra ainda que quase 80% das entrevistadas acreditam que o machismo afetou seu desenvolvimento. A campanha #meninapodetudo divulgará vídeos educativos produzidos com base nos dados da pesquisa.

O primeiro Seminário Internacional Cultura da Violência contra as Mulheres começou ontem em São Paulo a com o objetivo de discutir os processos sociais e a formação dos indivíduos que originam a violência de gênero. Cerca de 20 especialistas de todo o mundo participam do eventos.

Na abertura, a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, lembrou que uma em cada três mulheres já sofreu violência física ou sexual no mundo.

"A violência contra mulheres e meninas tem solução. Para isso, precisamos mudar nossos valores e fazer valer os direitos humanos de todos e todas e discutir, como nesse seminário, as causas disso. E não só no Brasil, é um problema de todo mundo. A educação de meninos e meninas é fundamental para essa mudança, para que o papel do homem e da mulher não seja construído de maneira desigual, dando predominância para os homens", afirmou Nadine.

A ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Política para as mulheres, também participou do evento. Para ela, o cenário atual de violências contra mulheres é resultado de uma cultura patriarcal e machista em todo mundo.

"Esse cenário não é novidade. Essa cultura machista estrutura a sociedade de tal maneira que tornou banal a violência, a sociedade banaliza a violência. Então, a sociedade convive com isso passivamente. O que mudou é que movimento feminista foi para as ruas denunciando aquilo que a sociedade dizia que era da ordem do privado, que a briga de marido e mulher não se mete a colher", ressaltou a ministra.

Eleonora também afirmou que não é possível medir se houve um aumento da violência contra a mulher nos últimos anos no país. Para ela, o que houve foi o aumento da divulgação de dados sobre o tema.

"Depois da formulação da Lei Maria da Penha, a penalidade passou a ser maior e os números começaram a ser relevados. Hoje, temos leis fortes no Brasil e falamos mais sobre o tema. E é sobre essa visibilidade e essa banalidade que temos que atuar e não aceitar mais que o Brasil seja o sétimo país no ranking de país com mulheres vítimas de violência no mundo", disse a ministra referindo-se ao último Mapa da Violência, de 2012.

Ainda nesta quarta, a professora da London School of Hygiene and Tropical Medicine Lori Heise, especialista em violência doméstica, que faz uma pesquisa sobre o tema em dez países, entre eles o Brasil, falou no seminário sobre as motivações para a violência de gênero.

"Existem questões culturais diferentes (nas regiões pesquisadas por ela), mas nas regiões da África e da Índia com mais violência do que no Brasil existem projetos que estão dando certo trabalhando o empoderamento da mulher e ensinando casais a lidar com os gatilhos da violência doméstica que costumam ser a questão da bebida, o estresse por questões financeiras, o ciúmes e a infidelidade", explicou Lori.

A pesquisadora também destacou que uma das chaves para a violência contra a mulher é a agressão na infância: "A criança punida com muito rigor ou abusada durante a infância tende a aceitar a violência quando sofrida".


(fonte:http://www.capitalteresina.com.br/)

quarta-feira, 20 de maio de 2015


Violência contra a mulher será tema de debate em eventos de Rap e Hip Hop.
3° Expressão de Rua tem a intenção de fazer integração entre o centro e a periferia.

Carol Alencar com Assessoria.

Street dance mais conhecida como dança de rua traz os estilos Hip Hop e Rap para o movimento.
(Divulgação/Diogo Gonçalves)

Cada vez mais, a cultura tem conquistado espaço. Pensando nisso, o Expressão de Rua - Um Novo Olhar Urbano promete explorar ao máximo, por durante um final de semana inteiro, tudo o que a cultura urbana tem. Mantendo-se fiel ao RAP e Hip Hop, a programação da terceira edição, é intensificada com o debate sobre o tema, Violência Contra a Mulher, além de dar espaço para atrações locais e nacionais que se revezam em apresentações entre o centro e, claro, a periferia.

Desde a primeira edição, realizada em 2013, o evento tem como objetivo principal desmitificar a arte originária da rua, destacando seus aspectos positivos na formação cultural do público. O local é propício à convergência de diferentes vertentes artísticas, passando pelo teatro, grafite e dança, mas tem como fio condutor principal a música.

Neste ano, os espaços também se diversificam. Além dos palcos do Indubrasil, Parque das Nações Indígenas e Praça do Rádio, a rua 14 de Julho e a tribuna da Câmara Municipal recebem a programação do evento. O tema Violência Contra a Mulher norteia o debate e inspira o show de encerramento com apresentações de artistas mulheres, como: Marina Peralta, Becky Bee e RastaNigga. As apresentações também serão marcadas pelas intervenções artísticas da atriz  Brigitty Zelinski (PR).

A opção de incluir um tema para cada edição amplia a capacidade de intervenção do evento na formação do público."O debate traz mais seriedade e permite que a população tenha acesso a assuntos com pouca oportunidade para serem discutidos no dia a dia, tudo de forma gratuita", afirma um dos organizadores do evento, o ator e produtor Eduardo Miranda, do Movimento quem Luta Vence.

O evento é realizado pelo Movimento Quem Luta Vence e conta com o apoio do Ateliê Passarinho- Comunicação e Fotografia, Espaço de Arte Integrada e Colaborativa Casa dos Ventos (Dourados),Governo do Estado, Águas Guariroba, do presidente regional do PPS, Athayde Ney, da vereadora Luíza Ribeiro (PPS), deputado Estadual João Grandão (PT) e deputado Estadual, Beto Pereira (PDT).

O expressão de Rua - Um novo olhar Urbano ocorre entre os dias 21 e 24 de maio. O evento é gratuito.

(fonte:http://www.midiamax.com.br/)

terça-feira, 12 de maio de 2015

Violência contra a mulher cresce mais de 35% em Jaraguá do Sul.
Em 2014, o primeiro trimestre teve 312 ocorrências. Neste ano, foram 422 no mesmo período.





Chayenne Cardoso
chayenne.cardoso@an.com.br

Diariamente, as mulheres são alvos de diversos tipos de violência, desde assédio verbal até a morte. Em Jaraguá do Sul, no primeiro trimestre deste ano, esse tipo de ocorrência aumentou 35,2% em relação ao mesmo período de 2014. Dados da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso de Jaraguá do Sul mostram, em primeiro lugar, a ameaça contra a mulher, seguido da agressão física e agressão verbal.

No ano passado, foram registrados 1.393 boletins de ocorrência. Nos primeiros três meses deste ano, as ocorrências já alcançaram 30% do total de 2014. A delegada Milena de Fátima Rosa acredita que esse número não corresponde necessariamente a um aumento da violência doméstica, mas pode significar que as pessoas aprenderam a denunciar.

- A delegacia foi inaugurada em setembro de 2010. Temos quase seis mil ocorrências registradas desde o início das atividades. A maioria, cerca de 90%, é de violência contra a mulher. Acredito que a delegacia está mostrando sua função e a importância de existir- enfatiza.

Milena destaca que a média de boletins registrados chega a oito por dia, sem falar das ocorrências encaminhadas nos finais de semana, quando a delegacia está fechada. Segundo a delegada, a atualização da Lei Maria da Penha tem ajudado, e o uso da medida protetiva vem aumentando.Com ela, é possível desarmar o agressor e obrigá-lo a se afastar da vítima. Caso ele descumpra, é decretada prisão preventiva.

-No ano passado, houve 155 medidas ao todo. Neste ano, já foram solicitadas 75.

Homens com envolvimento com drogas e álcool formam o perfil dos agressores. Milena destaca que em relacionamentos longos são predominantes os casos de violência física e, em relacionamentos curtos, a agressão começa com as ameaças verbais.

Meio de denunciar

Após quase quatro anos da instalação da delegacia em Jaraguá do Sul, nem todos os casos são descobertos por meio das denúncias. O Serviço de Proteção e Atendimento especializado à Família e Indivíduos, desenvolvido pela Secretaria de Assistência Social, descobre diversas situações.

- A maioria dos casos que recebemos é de criança que foram encaminhadas por meio do Conselho Tutelar. Como atendemos todos da família, acabamos descobrindo casos de violência contra mulher- explica diretora da Secretaria, Maria Andréia Stanck.

Há oito equipes nos Centros de referência Especializado de Assistência Social (Creas) e O objetivo delas é fortalecer a família, segundo Maria. Ela relata que não podemos fazer a denúncia pela mulher, mas podem incentivar e levantar a autoestima para que a mulher procure seus direitos.

Atualmente, 208 famílias estão frequentando os Creas jaraguaenses. Maria destaca que em grande parte se descobre a violência contra mulheres e crianças.

-Nas famílias com vulnerabilidade social, é mais fácil de denunciar pela proximidade das residências com os vizinhos. Mas violência ocorre em todas as classes sociais, sem distinção
-explica.

(fonte:http://anoticia.clicrbs.com.br/)

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Violência contra a mulher cresce 50% no 1° trimestre no Estado de SP.
São 21 casos nos primeiros três meses deste ano ante 14 no mesmo período do ano passado; em menos de 48h, Baixada teve duas tentativas de homicídio.

Por: Gilmar Alves.

A violência contra a mulher deixou um rastro 50% maior de mortes no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP), foram 21 casos ante 14 no mesmo período do ano passado.

O número de tentativas de homicídios teve redução de 20,43% na comparação dos mesmos períodos: são 74 casos ante 93. Lesões corporais também apresentaram diminuição, sendo 13.468 registros ante 14.467 (-6,90).
A Baixada Santista registrou dois graves em menos de 48 horas, entre a noite de 25 de abril e a madrugada do dia 27, em São Vicente e em Santos.
Na ocorrência em São Vicente, uma mulher de 35 anos foi atingida por três facadas desferidas dentro de casa, na Vila Nossa Senhora de Fátima, pelo marido, que foi preso. A tentativa de homicídio ocorreu na frente da filha de 8 anos do casal. A vítima permanecia internada, na noite de ontem, em estado grave no Hospital Municipal de São Vicente.
Na Encruzilhada, em Santos, uma jovem de 17 anos sobreviveu após ser esfaqueada e golpeada com pauladas pelo namorado na Rua Júlio Conceição. O crime ocorreu após a vítima anunciar que queria romper a relação de dois anos. A jovem chegou a deixar a residência devido ao inconformismo e violência do namorado, mas retornou devido à promessa do rapaz dela continuar vivendo no local sem ele. No retorno, após uma discussão, o crime aconteceu. O rapaz ainda não foi localizado pela polícia.
Titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos, a delegada Deborah Perez Lázaro afirma que a recomendação é que as vítimas de violência doméstica deixem imediatamente o local de conflito, em uma situação de violência, para registrar o boletim de ocorrência, e se necessário, solicitar medidas protetivas.
Jovem de 17 anos sobreviveu após ser esfaqueada e atingidas por pauladas pelo namorado,que fugiu (foto de Matheus Tagé/DL)

No caso Encruzilhada, a conduta ideal para a jovem, segundo a delegada, seria procurar a polícia logo após o rapaz manifestar os primeiros sinais de violência. "Quando ela (vítima) deixa o local do conflito, obviamente, ela jamais pode voltar. Porque um fato como esse (tentativa de homicídio) pode acontecer, ou coisas até piores".
Caso a jovem não tivesse voltado ao imóvel, a menor poderia solicitar medidas protetivas de urgência, entre elas do rapaz ser impedido pela Justiça de manter qualquer tipo de contato com ela. "Se ele descumprisse essa medida, a prisão preventiva dele já seria pedida". informou Deborah.

Abrigamento.

Entre as medidas protetivas que podem ser pedidas pelas mulheres em caso de violência doméstica está o abrigamento. Em Santos, a Polícia Civil enfrenta um problema para encaminhar as vítimas ao local mantido pela Prefeitura: após 17 horas, não é possível a entrada. A medida tomada após esse horário, que não é considerada ideal pela delegada, é encaminhar as mulheres para o Albergue Noturno para que sejam recambiadas no dia seguinte para a Casa Abrigo.
"A Casa Abrigo tem que trabalhar 24 horas e ter um estrutura maior para abrigar essas mulheres", afirma Deborah. Ela informou que irá marcar uma audiência na Prefeitura para tratar o tema. Procurada pelo Diário do Litoral, a Prefeitura informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o atendimento está de acordo com o que determina o Ministério do Desenvolvimento Social. "A mulher vítima de violência tem de passar por atendimento técnico no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), que funciona até às 17h".

Conscientização

A delegada ressalta a importância de conscientizar as mulheres para evitar desfechos violentos. Romper de modo definitivo a relação diante do cenário violento é o primeiro passo."Quando você é agredido uma vez, você vai ser agredido a segunda vez. E muitas delas, a maioria delas, não tem essa consciência (...) eu vejo que autoestima dessas mulheres está muito baixa, então por isso elas voltam atrás, e aí que mora o problema, porque aí o crime mais grave pode acontecer, até um homicídio."

(Fonte:http://www.diariodolitoral.com.br/)

quinta-feira, 7 de maio de 2015

VIOLÊNCIA CONTRA MULHER TERÁ MULTA



Diminuir o número de casos da violência contra mulher através da aplicação de multa ao agressor. Este é o objetivo do projeto de lei protocolado pelo deputado estadual Marcio Pauliki (PDT) ontem. Os agressores serão multados no momento em que os órgãos públicos forem acionados para prestar o devido atendimento.
De acordo com o projeto, serviço de atendimento móvel de urgência e emergência; serviço de busca e salvamento e serviço de policiamento ostensivo poderão ser solicitados por quem tiver conhecimento de alguma agressão contra mulher. A deputada estadual Maria Victória (PP) é coautora do projeto.
“Muitas mulheres dependem, inclusive financeiramente, do parceiro. Elas se sentem inseguras e não conseguem terminar um relacionamento onde são vítimas de agressão física, psicológica e emocional”, comenta Pauliki. “Algumas fazem a denúncia, mas optam por não leva-la adiante. Por isso, é tão importante que a multa seja aplicada já no acionamento de serviço público para prestar atendimento”, completa.
Em Ponta Grossa, três mil ocorrências de agressão foram registradas na Delegacia da Mulher e várias arquivadas. De acordo o Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, cerca de 40% das vítimas acaba optando por não seguir com a denúncia.

(fonte:http://arede.info/) Jornal da Manhã.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Campanha usa Tinder e alerta para violência contra a mulher.

Guilherme Dearo - da exame.com

Campanha no Tinder : alerta contra violência doméstica.

São Paulo - Uma nova campanha que alerta para a violência doméstica nos EUA chamou a atenção pelo meio criativo de passar mensagem.

O comercial da organização "Women in Distress" começa mostrando vários telejornais noticiando casos de homens que violentaram mulheres, a maioria maridos que bateram em suas companheiras.

Depois , informa um dado chocante: a cada nove segundos, uma mulher sofre abuso dentro de casa - ou seja, é agredida pelo parceiro.

Se o assunto envolve namorados, maridos e parceiros - a princípio homens de confiança - nada mais lógico que usar aplicativo Tinder para a campanha, onde justamente homens e mulheres estão procurando algum tipo de relacionamento ( e por alguém confiável).

A organização criou vários perfis fictícios de homens no aplicativo. Na primeira foto, parecem homens bonitos e confiáveis. Contudo, conforme a mulher que achava o perfil passava as fotos ( em cada perfil são até seis fotos), ela descobria um homem agressivo e violento.

Na última foto, a mensagem: "Don't let in get ugly" ( "Não espere a coisa ficar feia").

A ação visa alertar para a existência de homens que, mesmo legais, podem se tornar violentos rapidamente. Assim, a mulher deve procurar ajuda logo nos primeiros sinais de agressividade dentro de casa.

A campanha reuniu diversos feedbacks positivos. Uma das mulheres que achou um dos perfis escreveu: "Obrigada por fazer isso. Eu conheço essa realidade muito bem. Eu vivi isso."

Outra comentou: "Sim, meu pai abusava fisicamente da minha mãe. Então eu conheço um pouco sobre violência doméstica."

A ação sofreu algumas críticas, contudo. As fotos dos homens, "violentos" foram vistas como caricaturas demais e transparecem um homem "atuando" para parecer violento.

Além disso, campanhas do tipo em redes como o Tinder são consideradas inconvenientes, já que são "spam": os usuários não estão esperando por uma propaganda, sim pelo conteúdo específico do aplicativo.

A criação é dá The Bravo e da Y&R Miami.

Confira o vídeo:


(Fonte: http://exame.abril.com.br/)

terça-feira, 5 de maio de 2015

Europa cria grupo especial sobre violência contra mulher.

Violência contra a mulher: a missão do grupo é avaliar as medidas tomadas pelos governos para aplicar esse texto e garantir que as recomendações que estabeleça se cumpram.


Paris - O Conselho da Europa anunciou  nesta terça-feira a constituição de um grupo de especialistas, formado  por dez membros, cuja missão será fazer um acompanhamento dos casos para combater a violência contra as mulheres.

O Grupo de Especialistas sobre a Luta contra a Violência contra as Mulheres e contra a Violência Doméstica (GREVIO), eleito pelos 15 países (de 47 membros) que ratificaram o convênio, terá sua primeira reunião no meio do ano, explicou o Conselho da Europa em comunicado.

Sua missão é avaliar as medidas tomadas pelos governos para aplicar esse texto e garantir que as recomendações que estabeleça se cumpram.

O grupo se apoiará nos relatórios dos Estados , mas também em informações de ONGs e outros membros da sociedade civil. Além disso, terá competência para visitar os países para ter uma ideia real do que acontece.

"É hora de colocá-lo a toda prova, de garantir a aplicação do convênio", assinalou a secretária-geral adjunta da organização, Gabriella Battaini - Dragoni.


(fonte: http://exame.abril.com.br/)
Homens pelo fim da violência contra as mulheres.

A violência contra a mulher é entendida como qualquer ato ou conduta, que causa morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto público como privado. Este tipo de violência já é reconhecido pela própria ONU - Organização das Nações Unidas - como um grave problema de saúde pública.

Em nossa sociedade muita gente ainda acha que o melhor jeito de resolver um conflito é a violência e que os homens são mais fortes e superiores às mulheres. Embora muitas vezes o álcool, drogas ilegais e ciúmes sejam apontados como fatores que desencadeiam a violência contra a mulher.


A Lei n°11.340/2006 é conhecida por "Lei Maria da Penha", regulamenta os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher. Recebeu este nome em homenagem e uma mulher chamada Maria da Penha que tornou-se símbolo de um caso de violência doméstica contra mulher.

A Lei trouxe significativa alteração no tratamento dado anteriormente pelo Poder Judiciário aos agressores de mulheres no âmbito familiar. Na Lei consta a anulação de aplicação de penas como pagamento de multas ou cestas básica. Também possibilita à vítima tenha medidas de proteção de urgência, que acelera a solução do problema da mulher agredida e é realizado através da intervenção da autoridade policial. Estas medidas podem consistir até mesmo no afastamento imediato do agressor do lar. Antes da Lei Maria da Penha ser aprovada era as mulheres que costumavam sair refugiadas de casa.

O site www.homenspelofimdaviolencia.com.br, que fez parte da campanha nacional "Homens unidos pelo fim da violência contra as Mulheres"< trata-se de uma ferramenta eletrônica de coleta de assinaturas, cuja iniciativa foi uma resposta do Brasil à convocação do Secretário- Geral da Organização das Nações unidas (ONU), que lançou a campanha mundial " Unite To End Violence Against Women" a fim de mobilizar líderes nacionais, pelo fim da violência contra as mulheres.

Estima-se que mais da metade das mulheres agredidas sofram caladas e não pediram ajuda. A vergonha, dependência emocional ou financeira do agressor são alguns dos principais motivos para este silêncio.

Os números de violência contra as mulheres são impressionantes. De acordo com a OMS, quase metade das mulheres assassinadas são mortas pelo marido ou namorado, atual ou ex. Pelo menos uma em cada três mulheres apanham, são violentadas ou forçadas a manter relação sexuais em algum momento de sua vida. No Brasil, uma mulher é espancada a cada 15 segundos. Na Inglaterra, por semana, duas mulheres são mortas pelos seus parceiros. No Egito, 35% dizem ter apanhado do marido. Na África do Sul, 147 mulheres são estupradas todos os dias. Na França, 25 mil mulheres são violentadas a cada ano. Nos estado Unidos, uma é estuprada a cada 90 segundos.


(Fonte: http://www.homenspelofimdaviolencia.com.br/)