terça-feira, 18 de fevereiro de 2014


Aumentam os casos de violência contra as mulheres em Itapetininga.

   Em janeiro de 2014, foram registrados 143 boletim de ocorrência.
   Segundo a DDM, mulheres têm feito mais denúncias de agressões.

O número de casos de violência contra mulher cresceu em Itapetininga (SP). Segundo levantamento divulgado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo, só no mês de janeiro, houve um aumento de 15 registros na Delegacia de defesa da Mulher na cidade se comparado ao mesmo período ano passado.

Se compararmos apenas o primeiro mês dos últimos três anos, é possível perceber o aumento dos casos registrados. Em janeiro de 2012 foram 90 boletins de ocorrência de violência doméstica , lesão corporal e ameaça. Em janeiro de 2013 foram 128 casos. Já neste ano foram 143 registros em primeiro mês.

No Brasil quatro em cada dez brasileiras já foram vítimas de violência doméstica. E mesmo com a lei Maria da Penha os índices tem aumentado nos últimos anos. A Secretaria de Segurança aponta que a cada 12 minutos é registrada uma ocorrência de violência contra mulher no interior de São Paulo.


A delegada responsável pela DDM de Itapetininga, Leila Tardelli, as agressões marcam a vida da vítima, principalmente, psicologicamente. "Essas ofensas diminuem a autoestima da mulher. Fazem com que ela fique naquela situação e não consiga ter uma estrutura necessária para resolver aquela situação de violência", comenta.

Um dos caminhos para denunciar as agressões sofridas em casa é a delegacia, mas em Itapetininga as vítimas também contam com uma rede que presta assistência as mulheres, principalmente, para as que estão em situação de risco, o Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS). A unidade fica na rua João Evangelista, 416, no Centro.

De acordo com a assistente social da entidade, Fabiana Lang, entre os fatores que levam a vítima a não denunciar são a dependência econômica, emocional e os filhos. "Esses ainda são os principais obstáculos para combater a violência dentro de casa. Essa mulher precisa de um conjunto de possibilidades e se fortalecer para enfrentar e , de repente, planejar uma separação daqui alguns anos. Esse enfrentamento contra a violência é um processo", comenta.

E foi depois de denunciar e procurar ajuda que uma moradora da cidade, que terá a identidade preservada, conseguiu a separação. Ela conta que .foram 33 anos de casada e durante todo esse tempo sofreu violência doméstica. Ela conta que teve quatro filhos, mas depois de conseguir voltou a viver e recomeçar a viver. Mas não tinha tempo para pensar porque tinha que trabalhar. Chegava tarde em casa e corria com afazeres. Quando era de madrugada ele chegava bêbado de madrugada. Ia na cama e falava que a comida que estava lá em cima do fogão era lavagem, quem que ia comer aquela lavagem. Já ultimamente estava passando a avançar contra mim, então vi que precisava tomar uma providência. Consegui me libertar", conta.





(fonte: www.g1.globo.com)

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Violência Contra a Mulher



Por: Juan Carlos Santander Espinosa


O que faz com que um homem reaja violentamente contra uma mulher?


*A genética
*O machismo
*A educação
*As mulheres
*Os amigos
*A bebida
*O estado de ânimo do homem
*Insegurança
*Ciúmes
*Todas as anteriores
*Nenhuma das anteriores

Acho que a melhor resposta para essa pergunta é: nenhuma das anteriores. Nada justifica a violência que milhares de mulheres sofrem no mundo inteiro.

Por trás da história de violência contra a mulher, há uma longa lista de fatos: desconhecimento, falhas na legislação, descompromisso social, falta de solidariedade e, acima de tudo, o silêncio e o medo de denunciar os agressores. Esses dos últimos itens são os maiores aliados desse crime contra as mulheres.

A falta de compromisso das autoridades e das próprias vítimas, o medo de denunciar, o desconhecimento da lei ou a total ausência de normas que punam o delito, entre outras  coisas, são o que tomaram essa prática tão comum nas sociedades latino-americanas e em  todos os lugares do mundo marcados por uma conduta machista.

A violência contra a mulher se define por todo ato que possa resultar em dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico. Ameaças, coação ou privação de liberdade, violência doméstica e qualquer outro tipo de ação, crimes passionais, exploração sexual de mulheres e meninas, violação, mutilação genital feminina, casamento precoce e forçado, infanticídio de meninas, ataques com ácido, entre outros.

De acordo com a Organização das nações Unidas "(...) uma em cada três mulheres é maltratada e coagida a manter relações sexuais, ou submetida a ouros abusos. entre 30% e 60% das mulheres que já tiveram um parceiro sofreram alguma vez violência física ou sexual por parte do companheiro, e 48% das meninas e jovens com idades entre 10 e 24 anos afirmam ter tido suas primeiras relações sexuais sob coação". 

Como podemos observar, essa é uma realidade para mulheres de todo planeta, o que confirma a necessidade de intervenção dos estados, das autoridades, da sociedade, da família e, acima de tudo, das próprias mulheres.

Esses dados são um chamado às mulheres que vivem esta situação e às que ocupam cargos políticos ou posições de liderança, para que conscientizem o mundo sobre essa realidade.

Este é um convite a todas as mulheres, para que superem seus medos, ergam a voz, superem os preconceitos e façam valer seus direitos como seres humanos.

Se você for vítima de:

Lesões à integridade física, emocional e sexual- o que inclui socos, empurrões, puxões de cabelo, beliscões, insultos, gritos, ameaças, humilhações e relações sexuais não consentidas, por exemplo, a primeira.

Coisas que deve fazer é:

Quebrar o silêncio e falar com alguém  sobre essa situação. Esse "alguém" pode ser sua melhor amiga, um parente, um vizinho ou as autoridades da sua cidade.

O silêncio é seu pior inimigo e um dos principais motivos de você estar passando por isso.

Em caso de agressão, tente sair de perto ou fugir do agressor. Chame a polícia, vá a um hospital ou à casa de um amigo que possa ajudá-la. E, o mais importante, DENUNCIE.

É preciso mudar a mentalidade de todas as mulheres. Nada justifica esses atos. Nem o álcool ou as drogas, nem o ciúmes ou a insegurança, nem o amor ou a falta dele, nem a religião, a raça ou os fatores econômicos.

Nada justifica e nenhum homem, por qualquer motivo, tem o direito de maltratar, agredir, ameaçar ou insultar a mulher.

(fonte:http://discoverymulher.uol.com.br/)

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Mais de 133 morreram vítimas da violência contra mulher em 2013.

Cerca de seis mil denúncias foram registradas só em 2013.Nesta terça (29), mulher foi assassinada por ex-marido em Campo Alegre.

No último ano, mais de 133 morreram vítimas da violência contra a mulher em Alagoas, segundo dados da Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos. Foram mais de seis mil denúncias registradas só em 2013. Apenas na delegacia da Mulher que atende a parte alta de Maceió, cerca de 20 ocorrências são registradas diariamente.

De acordo com a delegada titular da Segunda Delegacia da Mulher, Maria Tereza Ramos, o aumento no número de casos se dá pela falta de uma lei mais rígida. "A Lei Maria da Penha, apesar da boa intenção dos legisladores, não está funcionando a contento. Em muitos, é arbitrada a fiança, o agressor paga uma determinada quantia e acaba voltando para casa mais violento, porque a lei faculta ao delegado arbitrar fiança", avalia a delegada.

Nesta última terça (28), mais uma mulher foi vítima da violência. O corpo de Roseane Elias da Silva, 36, foi enterrado nesta quarta-feira (29). Ela foi morta pelo ex-companheiro na casa onde morava com família, em Campo Alegre.

Em  clima de tristeza e revolta, amigos e parentes foram dar o último adeus. "A família está abalada. Em uma situação como essa não tem como estar de outra maneira", diz o porteiro Cícero Elias, irmão da vítima.

Os vizinhos dizem que o ex-marido de Roseana era agressivo e fez muitas ameaças porque não aceitava o fim do relacionamento, "Ele judiava da mulher, mas não queria se separar dela", conta a prima da vítima.

Segundo a polícia, o acusado tinha envolvimento com drogas. Após assassinar a mulher e balear a filha dela, Jorge Caetano da Silva fugiu para o município vizinho, Anadia, mas acabou morto durante uma troca de tiros com militares.

Tamanha violência chocou a pequena cidade de Campo Alegre, onde vivem 50 mil habitantes." A cidade está totalmente chocada com o que aconteceu. Uma pessoa fazer uma barbaridade dessa com a mãe de família. Esse não é o primeiro caso e eu tenho certeza  que não vai ser o último, espero que a justiça tome as providências, porque nós mulheres somos vítimas constantemente da agressão de companheiros", comenta a gari Maria conceição dos Santos.

(fonte: www.g1.globo.com)