segunda-feira, 26 de julho de 2010

Combate contra a violência contra a mulher.

Segundo a ONU (Organização das NaçõesUnidas), uma em cada três mulheres no mundo já foi espancada, estuprada ou sofreu algum tipo de abuso sexual. Na maioria dos casos, elas conhecem quem as violou. Para a organização, a violência contra mulheres e meninas é um problema universal, de proporções epidêmicas, que destrói vidas, separa comunidades e retarda o desenvolvimento.

Veja abaixo um texto com imagens fortes para reflexão, esse é o retrato atual de muitas mulheres...




 
 
 
 
 
 
 
 
 



Hoje recebi flores!...

Não é o meu aniversário ou nenhum
outro dia especial; tivemos a nossa primeira
discussão ontem à noite e ele me disse muitas
coisas cruéis que me ofenderam de verdade.
Mas sei que está arrependido e não as disse
a sério, porque ele me enviou flores hoje.
E não é o nosso aniversário ou
nenhum outro dia especial..
















Ontem à noite bateu-me e ameaçou matar-me.
Nem a maquiagem ou as mangas compridas
poderiam ocultar os cortes e golpes que me
ocasionou desta vez. Não pude ir ao emprego
hoje porque não queria que se apercebessem.
Mas eu sei que está arrependido porque ele
me enviou flores hoje. E não era dia das mães ou
nenhum outro dia especial...
















Ontem à noite ele voltou a bater-me,
mas desta vez foi muito pior.
Se conseguir deixá-lo, o que é vou fazer?
Como poderia eu sozinha manter os meus filhos?
O que acontecerá se faltar o dinheiro?
Tenho tanto medo dele!
Mas dependo tanto dele que tenho medo
de o deixar.
Mas eu sei que está arrependido,
porque ele me enviou flores hoje...

















Hoje é um dia muito especial:
É o dia do meu funeral.
Ontem finalmente conseguiu matar-me.
Bateu-me até eu morrer...

















Se ao menos tivesse tido a coragem e a
força para o deixar... Se tivesse pedido ajuda
Profissional...
Hoje não teria recebido flores!

Por uma vida sem violência!!!

PARA QUE SE TENHA RESPEITO PARA COM A
MULHER, COM AS CRIANÇAS, COM O IDOSO, ENFIM
QUERIDOS AMIGOS... QUE SE TENHA RESPEITO COM
O PRÓXIMO, SEJA QUEM FOR!!!
DENUNCIEM QUALQUER TIPO DE VIOLÊNCIA... !!!

Violência contra a mulher:

É CRIME E DÁ CADEIA!!!
AMOR SIM, VIOLÊNCIA NÃO!!!

E para finalizar deixo esse belo texto em homenagem
a todas as mulheres

"Homem quando és semente apenas
É no corpo de uma Mulher
Que germinas...
Quando nasces chorando
É nos braços de uma Mulher
Que te acalmas...
Quando sentes fome
E nos seios de uma Mulher
Que te sacias...
Quando tentas andar
É com auxílio de uma Mulher
Que arriscas os primeiros passos...
Quando começas a falar
É uma Mulher quem te ensina
As primeiras palavras...
Quando te preparas para enfrentar a vida
É uma Mulher quem te incentiva
E te molda o caráter...
Quando começas a despertar para o amor
É uma Mulher
Quem te faz sonhar...
Quando sentes solidão
É uma Mulher que procuras
Para ser tua companheira
Ao longo da vida.
Quando te multiplicas é uma Mulher
Que dá luz aos teus filhos
Dando continuidade
A tua descendência.
Quando enfim...
Entenderás,
Que a Mulher compartilha com a natureza
A criação da própria vida...
Quando enfim, entenderás,
Que dependes dela.
Respeite-a!
Ame-a!
Proteja-a!
E certamente te sentirás,
Mais Homem!!!"

Enfª Norma

 
fonte (http://www.luisgomesrn.com/) matéria Norma Lúcia.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Amor e morte - tramas afetivas do feminicídio

Os assassinos de mulheres por seus parceiros ou ex-parceiros amorosos são frequentemente denominados de passionais e marcados por atitudes dos assassinos relacionados com manifestações de ciúmes, inconformismo com a separação, disputa de bens ou de filhos, contrariedade com o pagamento de pensão, entre outros decorrentes do estabelecimento do relacionamento ou de sua dissolução. A primeira questão a ser considerada é o significado da palavra "passional", que designa paixão e emoção, mas não pode ser automaticamente associada a amor.A segunda questão é que quase sempre esses crimes, não ocorrem sobre forte tensão emocional, no meio de uma briga em que os ânimos se exaltam; mas, sim, em situações que mostram claramente que havia uma intensão prévia do homem de matar a mulher. Esse aspecto afetivo passional deve ser desmistificado para compreendermos o significado e as determinações do feminícidio, não como um resultado trágico de uma amor ou de uma paixão intensa, de emoções incontroláveis, mas como alternativa construída por elementos de uma cultura de dominação masculina em que a violência é um de seus componentes.
Vejamos algumas questões relacionadas às tramas afetivas tangentes no feminícidio: a violência como elemento das relações históricas entre homens e mulheres; o amor como uma construção social; o amor romântico e apaixonado no contexto de relações de dominação e desigualdade de gênero.


A violência como elemento das relações históricas entre homens e mulheres.


Na história do processo civilizatório, a violência dos homens contra mulheres não diminuiu; ao contrário, foi se tornando mais intensa e evidente. Nas sociedades pré-modernas havia um controle exercido sobre as mulheres que eram consideradas propriedades clãs, de família ou de grupos socias,mas nem sempre isso tinha uma relação direta com uma violência praticada contra elas.Entretanto, a própria condição de propriedade que era trocadas em acordos comerciais ou políticos não seria já uma violência?Além disso, nessas circunstâncias o estupro era uma das faces de uma violência comumente exercida pelos homens,já que agredir as mulheres de um território em disputa ou em guerra era uma maneira de atingir os homens com quais tais mulheres tinham relações familiares ou afetivas,uma vez que estas lhes pertenciam.Parece haver uma relação entre violência e a dominação masculina, como se a violência estivesse integrada ao modelo de uma sexualidade masculina radicada na força e no controle da mulher,sendo o "esteio de controle dos homens". Essa violência dos homens contra a s mulheres está relacionada a várias formas de "intimidação",de "perseguição",e de "desqualificação",que nos fazem alvo de inúmeras agressões.Entender como essa violência se constituiu em diferentes épocas e sociedades é uma possibilidade de conhecermos os mecanismos que a engedram e a desenvolvem de modo a buscarmos os mecanismos de sua desconstrução.


O amor como uma construção social.


O amor não é apenas um sentimento,mas é um construto da sociedade.O sentimento é despertado,sentido e formatado de acordo com códigos sociais.Assim, desde a idade média até o presente momento, várias representações de amor se cosntítuiram, na história, como o amor cortês, o amor romântico, o amor paixão e mais recentemente novas formas de amor estão em curso como o amor confluência e o amor construção. O amor cortês conhecido como o idealizado, galanteador, era uma contradição entre o desejo erótico e o sentindo de realização espiritual,"um amor ao mesmo tempo ilícito e moralmente elevado, passional e autodisciplinado, humilhante e exaltante, em que o homem faria tudo por sua amada, mas não se realizava numa relação possível. O amor romântico é uma forma de amar que se pretende a única relação íntima válida, supondo que duas pessoas se amem mutuamente, sempre na incerteza por uma busca constante pela verdade do amor do outro, esperando uma união total de duas pessoas suprimindo-se as diferenças entre elas.O amor como paixão emerge no contexto de vigência do amor romântico, acentuando a experiência de amar como um sofrimento, em que o apaixonado se submete ao seu comando, ao mesmo tempo em que deve se empenhar na conquista.Esse amor representa auto-sofrimento, prisão,martírio, controle e desregramento no desejo de estar sempre experimentando essa força avassaladora empolgando e corroendo, perseguindo o controle do outro e descontrolando-se.Outras formas de amor estão se desenvolvendo a partir de mudanças sociais decorrentes das lutas por direito e cidadania, que estão sendo denominadas de amor confluentes ou amor construção.O amor confluente é definido como baseado em valores de igualdade entre homens e mulheres, em confiança e negociação mútua e sentimentos partilhados por parceiros com papéis cada vez mais próximos socialmente.O amor construção é entendido como um processo, em que o amor e a paixão são o pretexto inicial, mais que vai se "transformando num sentimento mais estável, mais "construído".


Amor e desigualdade de gênero.


O amor romântico e o amor paixão predominantes no nosso imaginário social, integrados a relação de gênero desiguais tornam-se avassaladoras para que as mulheres ao acentuarem a sua sujeição às exigências de uma amor que estabelece o homem como uma conquistador, o condutor da relação, determinando como desejo amoroso da mulher ser o objeto de desejo do homem.Em geral as pessoas acreditam que se o homem gosta e quer a mulher, esta não deve recusar, deve sentir-se agraciada por isso.Ditos populares como "ruim com ele, pior sem ele",exprimem essa ideia.O amor como uma construção social emerge de "uma teia de relações sociais de poder, cujas dinâmicas estão na origem da desigualdade, da discriminação e da violência".A vivência do amor reproduz as relações de poder desiguais entre homens e mulheres, de maneira que os discursos amorosos podem garantir ações que legitimam a continuidade do sistema patriarcal e se tornam "discurso de risco para as mulheres."Estamos vivendo tempos de mudança sociais fortemente influenciadas por transformações nos papéis sociais das mulheres que não se enquadram nos limites do amor romântico nem do amor paixão.Já não é suficiente ser a a cara metade, ou a banda de uma laranja, é preciso ser uma pessoa inteira.Mesmo que sonhem com os príncipes românticos e apaixonados, a realidade de uma amor vivido requer o encontro de duas pessoas inteiras, com identidades próprias e independência econômica.As mulheres já conseguem ficar atrás de grandes homens,querem realizar e crescer lado a lado.Diante das vontades e desejos próprios das mulheres,muitos homens não se reconhecem como tais, pois foram socializados para uma realização de dominação, sujeição e punição;impossibilitados de cumprirem esse papel destroem com intenso ódio o ser que lhe interdita.

A luta contra o patriarcalismo e o enfrentamento da violência de gênero praticada contra as mulheres, que muitas vezes tem culminado no feminícidio, requer também uma critica ao amor romântico e ao amor paixão, e a ativação e estímulos a formas libertárias de amar.O fim do feminícidio exige a plena igualdade e justiça de gêneros e formas de amar que não dividam e tornem dependentes e inseguras as pessoas que constituem a relação amorosa, mas sim que as fortaleçam e reconheçam essa singularidade e autonomia.



(Fonte Site Adital: Maria Dolores de Brito Mota.)(Sociológa, Prof° da UFC, Coordenadoras do núcleo de Estudos e Pesquisas sobre o gênero, Idade e Família, NEGIF.)www.adital.com.br

"A matéria que vou postar aqui agora eu a li em uma comunidade do orkut,sobre a violência contra a mulher postada pelo usúario André Aquino,onde achei a matéria muito interessante e entrei na fonte, o site Adital e obtive a matéria, pois acho que vale apena repassar e postar aqui para vocês.
Já chega de tanta barbaridade, já chega de tanta violência e chega de tanta impunidade."
Denunciem...