Aumentam os casos de violência contra as mulheres em Itapetininga.
Em janeiro de 2014, foram registrados 143 boletim de ocorrência.
Segundo a DDM, mulheres têm feito mais denúncias de agressões.
O número de casos de violência contra mulher cresceu em Itapetininga (SP). Segundo levantamento divulgado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo, só no mês de janeiro, houve um aumento de 15 registros na Delegacia de defesa da Mulher na cidade se comparado ao mesmo período ano passado.
Se compararmos apenas o primeiro mês dos últimos três anos, é possível perceber o aumento dos casos registrados. Em janeiro de 2012 foram 90 boletins de ocorrência de violência doméstica , lesão corporal e ameaça. Em janeiro de 2013 foram 128 casos. Já neste ano foram 143 registros em primeiro mês.
No Brasil quatro em cada dez brasileiras já foram vítimas de violência doméstica. E mesmo com a lei Maria da Penha os índices tem aumentado nos últimos anos. A Secretaria de Segurança aponta que a cada 12 minutos é registrada uma ocorrência de violência contra mulher no interior de São Paulo.
A delegada responsável pela DDM de Itapetininga, Leila Tardelli, as agressões marcam a vida da vítima, principalmente, psicologicamente. "Essas ofensas diminuem a autoestima da mulher. Fazem com que ela fique naquela situação e não consiga ter uma estrutura necessária para resolver aquela situação de violência", comenta.
Um dos caminhos para denunciar as agressões sofridas em casa é a delegacia, mas em Itapetininga as vítimas também contam com uma rede que presta assistência as mulheres, principalmente, para as que estão em situação de risco, o Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS). A unidade fica na rua João Evangelista, 416, no Centro.
De acordo com a assistente social da entidade, Fabiana Lang, entre os fatores que levam a vítima a não denunciar são a dependência econômica, emocional e os filhos. "Esses ainda são os principais obstáculos para combater a violência dentro de casa. Essa mulher precisa de um conjunto de possibilidades e se fortalecer para enfrentar e , de repente, planejar uma separação daqui alguns anos. Esse enfrentamento contra a violência é um processo", comenta.
E foi depois de denunciar e procurar ajuda que uma moradora da cidade, que terá a identidade preservada, conseguiu a separação. Ela conta que .foram 33 anos de casada e durante todo esse tempo sofreu violência doméstica. Ela conta que teve quatro filhos, mas depois de conseguir voltou a viver e recomeçar a viver. Mas não tinha tempo para pensar porque tinha que trabalhar. Chegava tarde em casa e corria com afazeres. Quando era de madrugada ele chegava bêbado de madrugada. Ia na cama e falava que a comida que estava lá em cima do fogão era lavagem, quem que ia comer aquela lavagem. Já ultimamente estava passando a avançar contra mim, então vi que precisava tomar uma providência. Consegui me libertar", conta.
(fonte: www.g1.globo.com)
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