Até setembro, 485 casos foram registrados no município de Caxias. Violência doméstica pode trazer consequências aos filhos;
Foram registrados 458 casos de violência contra a mulher até setembro deste ano em Caxias, no Maranhão, número considerado alarmante, segundo a Delegacia da Mulher na cidade.
Os tipos de violência variam. Das 485 ocorrências registradas este ano, foram 230 ameaças, 80 calúnias, 157 lesões corporais, 11 estupros, três violações de casas e quatro tentativas de homicídios.
"Agora, tem uma atenção mais específica voltada para a mulher. Em Caxias, temos vários projetos, a Secretaria da Mulher, projetos de apoio à mulher vítima de violência. Nós não temos uma casa abrigo, mas se for para mulher passar uma noite, nós conseguimos interná-la para que ela fique protegida da ação do agressor", disse a delegada Cleomar Mendes.
Segundo a delegacia, houve aumento do número de denúncias. De acordo com a delegada Mendes, o perfil da vítima mudou nos últimos anos. Hoje, geralmente, a mulher não depende mais financeiramente do agressor, o que permite maior número de denúncias. A facilidade para relatar casos também ajuda.
Campanha
A Secretaria da Mulher de Caxias inclui a cidade no calendário mundial de 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher. A ação visa motivar as mulheres a registrar ocorrências contra os agressores, também alerta os tipos de agressões.
"São cinco tipos de violência: a violência física, psicológica, moral, patrimonial e a sexual. Nós trabalhamos, esclarecemos e sempre descobrimos que alguns homens cometem agressões, dentre essas cinco, que muitas vezes nem percebem. É importante que a mulher saiba dos seus direitos para que ela possa denunciar", explicou a coordenadora de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, Ednalda Silva.
Filhos
As crianças também sofrem as consequências da violência doméstica contra a mãe, segundo levantamento da Rede de Assistência às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica.
O juiz da Vara da Infância e Juventude de Imperatriz, Delvan Tavares, explicou que, na maioria dos casos de violência doméstica, quando a criança não sofre a agressão física também, indiretamente, ela acaba sofrendo as consequências da violência sofrida pela mãe.
Na Casa da Criança, instituição de acolhimento a crianças em situação de risco, 24 meninos e meninas de até 9 anos de idade tiveram que ser afastados do convívio dos pais por causa do problema.
(fonte: www.g1.globo.com )
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