sábado, 5 de fevereiro de 2011

Entre mulheres agredidas,
25,9% são vítimas de
companheiros
Em 2009, 2,5 milhões de pessoas sofreram agressões físicas, diz IBGE.
Em 39% dos casos, agressores eram pessoas desconhecidas.



Entre as mais de 1 milhão de mulheres que
relataram ter sido agredidas, em 2009, 25,9%
foram vítimas de companheiros ou excompanheiros, segundo o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). A
informação foi divulgada, e faz parte do suplemento
“Características da Vitimização e do Acesso
à Justiça no Brasil – 2009”, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
Segundo as estimativas da Pnad, em 2009, 2,5 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de
idade foram vítimas de agressão física, o que corresponde a 1,6% da população nessa
faixa etária no país. E em 21 anos, esse índice cresceu. O estudo do IBGE aponta que, em
1988, 1% da população de 10 anos ou mais de idade declarou ter sido vítima de agressão
física.
Quanto à autoria das agressões, ainda de acordo com o levantamento, em 39% dos casos
os agressores eram pessoas desconhecidas; em 36,2%, pessoas conhecidas; em 12,2%,
cônjuges ou ex-cônjuges; em 8,1%, parentes; e, em 4,5% dos casos, eram policiais ou
seguranças privados

Homens e mulheres foram principalmente agredidos por pessoas desconhecidas (46,4% e
29,1%, respectivamente) e por pessoas conhecidas (39,3% e 32,3%, respectivamente).
Dentre as mulheres vitimadas, 25,9% foram agredidas pelo cônjuge ou ex-cônjuge. Entre os
homens, esse índice é de 2%.
Entre todas as vítimas de agressão, 1,4 milhão relataram não ter procurado a polícia.
Dentre os motivos apontados para isso predominaram as alegações de que a vítima não
considerava importante (18,2%), tinha medo de represália ou não queria envolver a polícia
(33,1%).
Das vítimas de agressão física que procuraram a polícia (1,1 milhão de pessoas), 86,9%
realizaram registro, na delegacia, da última agressão física sofrida. As vítimas que
procuraram a polícia, mas não efetuaram o registro (147 mil pessoas), apontaram como
motivos para não fazê-lo, principalmente, o fato de a polícia não querer fazer o registro
(22,4%); não queriam envolver a polícia ou medo de represália (19,2%); a falta de provas
(10,3%); e não acreditavam na polícia (10,2%).
Perfil das vítimas
Nas regiões Norte e Nordeste foram observadas as maiores frequências de pessoas
agredidas, com 1,9% e 1,8%, respectivamente. A menor frequência, de 1,4%, foi registrada
nas regiões Sudeste e Sul. No Centro-Oeste, a frequência foi de 1,6%.
Entre os homens, o percentual de vitimização por agressão física (1,8%) foi superior ao
observado entre mulheres (1,3%). Os homens representam 57,2% do total de agredidos em
2009. As mulheres correspondem a 45,8% dos agredidos.
Pessoas pretas ou pardas também são agredidas com mais frequência, correspondendo a
58,5% dos agredidos, contra 40,8%, entre os brancos.
Ainda segundo o levantamento, 2,2% das pessoas agredidas estavam na classe econômica
de menos de um quarto do salário mínimo. As classes acima de um salário mínimo
registraram valores em torno de 1%.

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(fonte:www.agenciapatriciagalvao.org.br)
(matéria portal G1)

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