quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
ENDEREÇOS DE INSTITUIÇÕES DAS REDES DE PROTEÇÃO ÀS MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA OU FAMILIAR.
SÃO PAULO CENTRO:
COORDENADORIA DA MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DO PODER JUDICIÁRIO - COMESP
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
Fórum João Mendes Junior - Praça Dr. João Mendes, s/n - 17° andar -sala 1705 - Centro - São Paulo - SP
Fone: (0XX11) 2171-4807 ou fone/fax: (11) 3104-5521
CENTRO DE REFERÊNCIA DA MULHER 25 DE MARÇO
Rua 25 de março, n°205
Fone: (0XX11) 3106-1100
CISM- CENTRO DE INTEGRAÇÃO SOCIAL DA MULHER
Rua dos Estudantes, n° 279/ 281 - Centro
Fone: (0XX11) 3271-7099
NUDEM- NÚCLEO DE PROMOÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS DA MULHER
Rua Boa Vista, n°103- 10° andar - Centro - Sé
Fone: (0XX11) 3101-0155 (ramais 233/ 288)
1°DELEGACIA DE POLÍCIA DE DEFESA DA MULHER - CENTRO
Rua Dr. Bittencourt Rodrigues, n°200- Sé - CEP : 01017-010
Fones: (0XX11) 3241-3328 / 3119-0253 / 3241-2263 / 3105-3920
CAE -CASA DE APOIO MARIA MARIA -REGIÃO CENTRAL
Rua Comendador Nestor Pereira, n°77 - Pari
Fone: (0XX11) 3316-6067
HOSPITAL PÉROLA BYNGTON - LIBERDADE CENTRO DE REFERÊNCIA DA SAÚDE DA MULHER
Núcleo de Atenção Integral à Mulher em situação de violência sexual - AVS
Entre as principais ações disponíveis se destacam:
* prevenção da gravidez decorrente da violência sexual
* prevenção de infecção pelo HIV
* prevenção de doenças sexualmente transmissível não virais
* prevenção da hepatite B
* tratamento de traumatismo genitais
* atendimento psicológico
* atendimento social
* atendimento de solicitações de abortamento por gravidez decorrente de estupro, conforme previsto no inciso IIdo artigo 128 do Código Penal Brasileiro.
As situações de violência sexual que necessitam de atendimento de emergência recebem atenção no Serviço de pronto atendimento da Instituição, disponível 24 horas , todos os dias da semana, incluindo- se feriados.
Avenida Brigadeiro Luís Antonio, n°683 - Bela Vista - Liberdade
Fone: (0XX11) 3242-8000
HOSPITAL SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL -HSPM - ACLIMAÇÃO
Hospital que atende casos se violência sexual
Hospital que realiza aborto previsto por lei (aborto legal)
Realiza primeiro atendimento, colhe exames, fornece medicação ( pílula do dia seguinte e profilaxia de DST /Aids, faz seguimento e realiza aborto previsto por leis nos casos indicados.
Rua Castro Alves, n° 60 - 3°andar - Aclimação- São Paulo
Fone: (0XX11) 3208-2211
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO- REGIÃO CENTRAL
Avenida liberdade, n° 32 - Liberdade
Fone: (0XX11) 3105-5799
SÃO PAULO - ZONA LESTE
CAE- CASA DE MARTA E MARIA
Rua Catumbi, n°427 - Belém
Fone: (0XX11) 5549-9339/ 5549-0335
HOSPITAL MUNICIPAL DR. CÁRMINO CARICCHIO -TATUAPÉ
Realiza o primeiro atendimento e realiza aborto previsto por lei nos casos indicados
Avenida Celso Garcia, 4815- Tatuapé São Paulo
Fone: (0XX11) 2091-5320/ 2091-7000
5° DELEGACIA DE POLÍCIA DE DEFESA DA MULHER- LESTE- TATUAPÉ
Rua Dr. Coryntho Baldoíno Costa, 400 - Tatuapé São Paulo - SP- CEP: 03069-070
Fone: (0XX11)2091-5320/ 2091-7000
GEVID- GRUPO DE ATUAÇÃO ESPECIAL DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - NÚCLEO LESTE 1 - PENHA DE FRANÇA E TATUAPÉ.
Fórum Penha de França
Rua Dr. João Ribeiro, 433 - Penha de França - São Paulo- SP - CEP: 03634-010
Fone: (0XX11) 2294- 7425
HOSPITAL MUNICIPAL DR. ALEXANDRE ZAIO- VILA NHOCUNÉ- VILA MATILDE.
HOSPITAL MUNICIPAL DR. ALEXANDRE ZAIO
Hospital que atende casos de violência sexual Realiza primeiro atendimento, colhe exames, fornece medicação (pílula do dia seguinte e profilaxia de DST/Aids).
Rua Alvez Maldonado, 128 - V. Nhocuné CEP: 03634-010
Fone: (0XX11) 2749-0833/ 2749-2855 / 2091-7000
CENTRO DE CIDADANIA DA MULHER DE ITAQUERA
Rua Ibiajara, n°495 - Itaquera
Fone: (XX11) 2073-5706 / 2073-4863
HOSPITAL MUNICIPA TIDE SETUBAL - SÃO MIGUEL PAULISTA
Hospital que realiza aborto previsto por lei (aborto legal)
Rua Dr. José Guilherme Eiras, 123 - Vila Dr. Eiras- São Paulo- SP 08010-220
Fone: (XX11) 2297-0022
GEVID- GRUPO DE ATUAÇÃO ESPECIAL DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - NÚCLEO LESTE 2 - ITAQUERA E SÃO MIGUEL PAULISTA.
Fórum São Miguel Paulista
Avenida Afonso Lopes de Baião, n° 1.736 1° andar- sala 107- Vila Carolina
Fone: (XX11) 2054-1013
7° DELEGACIA DE POLÍCIA DE DEFESA DA MULHER - SÃO MIGUEL PAULISTA /LESTE.
Rua Sábbado D'Angelo, n°46- Itaquera - CEP : 08040-620
Fone: (XX11) 2071-3488/ 2071-4707
CASA VIVIANE DOS SANTOS
Rua José Teixeira, n°87 - Lajeado
Fone: (XX11) 2553-2424
CASA DE ISABEL
Rua Professor Zeferino Ferraz, n° 486 - Itaim Paulista
CASA CIDINHA KOPCAK
Rua Margarida Cardoso dos Santos, n°500 - São Mateus
Fone: (XX11) 2015-4195
8° DELEGACIA DE POLÍCIA DE DEFESA DA MULHER- SÃO MATEUS- LESTE
Avenida Itaquera n° 3604 - Jardim Maringá - São Paulo -SP
Fone: (XX11) 2742-1701/ 2743-3288
CASA SER DORINHA
Rua Guilherme de Abreu Sodré, n°485 - Cidade Tiradentes
Fone: (XX11) 2555-7090
SÃO PAULO - ZONA NORTE.
CASA BRASILÂNDIA
Rua Silva Bueno Peruche, n°538 - Vila Brasilândia
Fone: (XX11) 3983-4294/ 3984-9816
4°DELEGACIA DE POLÍCIA DE DEFESA DA MULHER
Avenida Itaberaba, n°731- 1° andar- Freguesia do Ô - CEP: 02734-000
Fone: (XX11) 3976-2908/ 3975-2181
H.M. E MATERNIDADE - ESCOLA DR. MÁRIO DE M.A. SILVA- VILA NOVA CACHOEIRINHA- LIMÃO
Hospital que atende caso de violência sexual
Hospital que realiza aborto previsto por lei (aborto legal)
Realiza primeiro atendimento , colhe exames, fornece medicação (pílula do dia seguinte e profilaxia de DST/Aids) faz seguimento e realiza aborto previsto por lei nos casos indicados.
Avenida Deputado Emílio Carlos, n° 3100 - Limão - São Paulo - SP - CEP: 02720- 200
Fone: (XX11) 3859-4122/ 3859-4022
GEVID- GRUPO DE ATUAÇÃO ESPECIAL DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - CAPITAL- NÚCLEO NORTE - SANTANA E NOSSA SENHORA DO Ó.
Fórum de Santana
Avenida Engenheiro Caetano Álvares, n° 594 - 3° andar -sala 377- Limão
Fone: (XX11) 3858-6122
CISM II - CENTRO DE INTEGRAÇÃO SOCIAL DA MULHER II
Rua Ferreira de Almeida, n° 23- Casa Verde
Fone:(XX11) 3858-8279
SÃO PAULO- ZONA OESTE
HOSPITAL MUNICIPAL PROF. MÁRIO DEGNI - JARDIM SARAH - BUTANTÃ
Hospital que atende caso de violência sexual
Hospital que realiza aborto previsto por lei (aborto legal)
Realiza primeiro atendimento, colhe exames, fornece medicação (pílula do dia seguinte e profilaxia de DST/ Aids) faz seguimento e realiza aborto previsto por lei nos casos indicados.
Rua Lucas de Leyde, n° 257 - Rio Pequeno - São Paulo
Fone: (XX11) 3768-4900
GEVID- GRUPO DE ATUAÇÃO ESPECIAL DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA- NÚCLEO OESTE- BUTANTÃ, LAPA E PINHEIROS.
Fórum do Butantã
Avenida Corifeu de Azevedo Marquês, n° 148/150 - 1° andar - sala 107 - Butantã
Fone: (XX11) 3721-0946
DEFENSORIA PÚBLICA DA VÍTIMA NA VARA DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.
Rua Abraão Ribeiro, n° 313 - 1° andar - R.6 - sala 550- Barra Funda
Fone: (XX11) 3721-0946
SÃO PAULO - ZONA SUL
CASA ELIANE DE GRAMMONT
Rua Dr. Bacelar, n°20 - Vila Clementino
Fone: (XX11) 5549-9339/ 5549-0335
2° DELEGACIA DE POLÍCIA DE DEFESA DA MULHER - SUL
Avenida Onze de Junho, n°89 - Vila Clementino - CEP: 04041- 050
Fone: (XX11) 5084- 2579/ 5081-5204
GEVID- GRUPO DE ATUAÇÃO ESPECIAL DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - NÚCLEO SUL - JABAQUARA, IPIRANGA E VILA PRUDENTE
Fórum da Vila Prudente
Avenida Sapopemba, n° 3740 - 1° andar - sala 118 - Vila Ivone
Fone: (XX11) 2154-2514/ 2154- 6922
HOSPITAL MUNICIPAL DR. FERNANDO MAURO PIRES DA ROCHA - CAMPO LIMPO.
Hospital que atende casos de violência sexual
Hospital que realizam aborto previsto por lei (aborto legal)
Realizam primeiro atendimento, colhe exames, fornece medicação (pílula do dia seguinte e profilaxia de DST/ Aids), faz seguimento e realiza aborto previsto por lei nos casos indicados.
Estrada de Itapecerica, n° 1661 - Vila Maracanã - São Paulo -SP
Fone: (XX11) 5519-5800/ 5512- 7650
CENTRO DA CIDADANIA DA MULHER DE SANTO AMARO
Rua Mário Lopes, n°240 - Santo Amaro
Fone: (XX11) 5549-9339/ 5549-0335
CA -REENCONTRO
Rua Promotor Gabriel Nettuzi Periz, n° 81 - Santo Amaro
Fone: (XX11) 5523-8546
6° DELEGACIA DE POLÍCIA DE DEFESA DA MULHER -SANTO AMARO SUL
Rua Sargento Manoel Barbosa da Silva, n° 115- Campo Grande
Fone:(XX11) 5521-6068/ 5523-5479
HOSPITAL MUNICIPAL DR. ARTHUR RIBEIRO SABOYA - JABAQUARA
Hospital que atende casos de violência sexual
Hospital que realiza aborto previsto por lei (aborto legal)
Realiza primeiro atendimento, colhe exames, fornece medicação (pílula do dia seguinte e profilaxia de DST/ Aids) faz seguimentos e realiza aborto previsto por lei nos casos indicados.
Avenida Francisco de Paula Quintanilha Ribeiro, n° 860 - Jabaquara - SP
Fone: (XX11) 5013-5300
CASA SOFIA
Rua Dr. Luiz Fernando Ferreira, n°6 - Jardim Dionísio
Fone: (XX11) 0800-770-3053/ 5831-3053
CENTRO DE CIDADANIA DA MULHER DA CAPELA DO SOCORRO
Rua Professor Oscar Barreto Filho, n° 350- Parque América - Grajaú
Fone: (XX11) 0800-770-3053/ 5831-3053
CENTRO DE CIDADANIA DA MULHER DE PARELHEIROS
Rua Terezinha do Prado de Oliveira, n° 119 - Jardim Novo Mundo - Parelheiros
Fone: (XX11) 5921-3935
GEVID- GRUPO DE ATUAÇÃO ESPECIAL DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - NÚCLEO SUL 2 - SANTO AMARO E PARELHEIROS.
Fórum do Butantã
Avenida Corifeu de Azevedo Marques, n° 150 - 1° andar - sala 107- Butantã
Fone: (XX11) 3721-0946
fonte: (www.plp20.org.br)
Desde 2012, USP teve 9 denúncias de violência sexual contra mulheres.
Dados da Guarda Universitária incluem 3 tentativas de estupro.
No programa SOS Mulher, 2 casos de estupro foram registrados em 3 anos.
Ana Carolina Moreno
Do G1, em São Paulo
Um levantamento feito pela Guarda da Universidade de São Paulo (USP) mostra que apenas 9 denúncias de violência sexual contra mulheres foram registradas no órgão entre janeiro de 2012 e novembro de 2014. Já a Superintendência de Assistência Social da USP (SAS) afirmou que, entre o ano de 2011 e o início de setembro deste ano, registrou uma média anual de sete casos de violência contra mulheres no campus da Cidade Universitária, na Zona Oeste de São Paulo. Pela Guarda, no período analisado três denúncias de tentativa de estupro contra mulheres nas dependências da USP foram registradas oficialmente.
Já o SOS Mulher teve duas denúncias de estupro consumado desde 2011. Os dados mostram que a universidade já conta com órgão separados de recebimento de denúncias e atendimentos assistencial ás mulheres, mas, sem integração entre ambos e comunicação com o público, na prática, as mulheres que estudam e trabalham na Cidade Universitária não conhecem e não utilizam o serviço.
Dos nove casos relatados à Guarda Universitária, seis tiveram como vítimas mulheres estudantes, dois foram contra prestadoras de serviço e um aconteceu com uma servidora. A maioria deles aconteceu nas ruas da Cidade Universitária ou na Praça do relógio, mas dois casos registrados ocorreram dentro de edifícios do campus. Além dos três casos de tentativa de estupro, houve três casos de conduta inconveniente, um de conduta atípica que configurou violência de cunho sexual, e dois foram registrados como atos obscenos.
Segundo a SAS, os dois casos de denúncia de estupro foram contra alunas que não eram moradoras do Conjunto Residencial da USP (Crusp). "Para garantir o sigilo da identidade dos envolvidos", a SAS não divulgou a informação de se os suspeitos também estudam ou trabalham na instituição. Também não foram informadas as unidades onde ocorreram os casos..
"Quando as vítimas procuram o projeto SOS Mulher, da Divisão de Promoção Social da SAS, são orientadas a ir até a delegacia e registrar um Boletim de Ocorrência. Assistentes Sociais e Psicólogas as acompanham até a Delegacia da Mulher, e Hospital, além de oferecer suporte psicológico, médico e financeiro (se for o caso) para proteção e recuperação da vítima. São tomadas as providencias protocolares pertinentes em situações dessa natureza", informou a superintendência , por e-mail. "A SAS só pode tomar as providências já descritas ou abrir sindicância se procurada pela vítima e /ou pela Unidade de Ensino a qual pertence", esclarece o órgão.
No caso da Guarda Universitária, as estatísticas são reunidas também quando o órgão é procurado pelas vítimas, e elas levam em conta a descrição oficial dos boletins de ocorrência feitos na polícia. Por isso, há denúncias que acabam não entrando na lista. É o exemplo da estudante da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), que desde março começou a receber ameaças em bilhetes e anônimos e, em agosto, sofreu um tentativa de estupro dentro do campus. O caso dela foi registrado na polícia como lesão corporal e constrangimento ilegal e, apesar de ela ter sido atendida pela Guarda Universitária, a agressão relatada pela aluna não entrou na lista de casos de violência sexual contra mulheres.
Segundo a professora Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer, superintendente de Prevenção e Proteção Universitária, que assumiu o cargo em janeiro deste ano, ela ainda não tem contato suficiente com o programa SOS Mulher para que o serviço oferecido seja divulgado pelos guardas no momento do atendimento ás vítimas.
O G1 questionou a SAS se o caso da estudante da FFLCH foi notificado ao SOS Mulher, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem.
Centralização dos casos de abuso
Na terça-feira (9), o reitor da USP, Marco Antonio Zago, anunciou medidas para centralizar o recebimento de denúncias de abusos na Comissão de Direitos Humanos da universidade. Ainda nesta terça-feira, um grupo de membros da comissão e representantes de outros órgãos se reuniu para estudar a criação de um centro de acolhimento de denúncias e atendimento às vítimas.
À tarde, Ana Lúcia e Heloísa Buarque de Almeida, coordenadora do programa USP Diversidade, que participaram da reunião, defenderam que a universidade atue de forma concreta para que mais estudantes possam se sentir confortáveis em denunciar casos de violência. Segundo elas, isso significa ter um órgão "suprunidades", que não dependa de decisões de diretores de unidade ou pró-reitores, e possa ter independência para investigar casos.
Em entrevista ao G1 na noite desta terça, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da USP, José Gregori, que coordena as reuniões sobre a centralização do tratamento dos casos de abuso na universidade, afirmou que a ideia é que os vários interlocutores de setores da USP que lidam com o problema continuem se reunindo, inclusive durante as férias, para a elaboração de uma "política de médio e longo prazo", para tratar sobre o tema. entre os assuntos que serão abordados pelo grupo está a questão dos abusos durante os trotes universitários.
Ambiente que respeita as pessoas
"A gente tem que ver se a gente é capaz de construir um ambiente que respeita as pessoas", disse Heloísa, durante seminário sobre a relação da Guarda Universitária com os casos de violência de gênero, raça e outros fatores sociais. "A universidade tem que ter sim um posicionamento. Essas denúncias explodiram agora porque temos cada vez mais coletivos feministas e LGBT. Foi preciso fazer um escândalo para fazer com que a Reitoria tomasse consciência", disse ela.
Um fator pode aumentar a transparência dos casos de abuso, segundo Heloísa, é que o órgão a ser criado pela Comissão de Direitos Humanos aceite denúncias anônimas. "Fas parte do atendimento, não é só a vítima que tem que se expor."
Segundo a professora Ana Lúcia, além da política a médio e longo prazo, "é urgente, é para ontem, ter um centro de atendimento que não seja abstrato". Ela disse ao G1 que as vítimas de violência precisam ter um serviço que receba as denúncias e, além disso, ofereça orientações sobre o que fazer e como buscar ajuda.
Pesquisadora de antropologia, Ana Lúcia explicou, no seminário, que há muito motivos para que vítimas de abusos não relatem o que sofreram e busquem apoio. Para facilitar a aproximação entre essas vítimas e a universidade, ela defende que o órgão responsável por centralizar os casos de abusos seja o mais independente possível. "A ideia é que seja ligado à direção central, independente, supraunidade, sem vínculo com uma pessoa ou uma gestão. Uma instância permanente, com papel de continuidade independente de quem seja o reitor."
fonte:( http://g1.globo.com)
Dados da Guarda Universitária incluem 3 tentativas de estupro.
No programa SOS Mulher, 2 casos de estupro foram registrados em 3 anos.
Ana Carolina Moreno
Do G1, em São Paulo
Um levantamento feito pela Guarda da Universidade de São Paulo (USP) mostra que apenas 9 denúncias de violência sexual contra mulheres foram registradas no órgão entre janeiro de 2012 e novembro de 2014. Já a Superintendência de Assistência Social da USP (SAS) afirmou que, entre o ano de 2011 e o início de setembro deste ano, registrou uma média anual de sete casos de violência contra mulheres no campus da Cidade Universitária, na Zona Oeste de São Paulo. Pela Guarda, no período analisado três denúncias de tentativa de estupro contra mulheres nas dependências da USP foram registradas oficialmente.
Já o SOS Mulher teve duas denúncias de estupro consumado desde 2011. Os dados mostram que a universidade já conta com órgão separados de recebimento de denúncias e atendimentos assistencial ás mulheres, mas, sem integração entre ambos e comunicação com o público, na prática, as mulheres que estudam e trabalham na Cidade Universitária não conhecem e não utilizam o serviço.
Dos nove casos relatados à Guarda Universitária, seis tiveram como vítimas mulheres estudantes, dois foram contra prestadoras de serviço e um aconteceu com uma servidora. A maioria deles aconteceu nas ruas da Cidade Universitária ou na Praça do relógio, mas dois casos registrados ocorreram dentro de edifícios do campus. Além dos três casos de tentativa de estupro, houve três casos de conduta inconveniente, um de conduta atípica que configurou violência de cunho sexual, e dois foram registrados como atos obscenos.
Segundo a SAS, os dois casos de denúncia de estupro foram contra alunas que não eram moradoras do Conjunto Residencial da USP (Crusp). "Para garantir o sigilo da identidade dos envolvidos", a SAS não divulgou a informação de se os suspeitos também estudam ou trabalham na instituição. Também não foram informadas as unidades onde ocorreram os casos..
"Quando as vítimas procuram o projeto SOS Mulher, da Divisão de Promoção Social da SAS, são orientadas a ir até a delegacia e registrar um Boletim de Ocorrência. Assistentes Sociais e Psicólogas as acompanham até a Delegacia da Mulher, e Hospital, além de oferecer suporte psicológico, médico e financeiro (se for o caso) para proteção e recuperação da vítima. São tomadas as providencias protocolares pertinentes em situações dessa natureza", informou a superintendência , por e-mail. "A SAS só pode tomar as providências já descritas ou abrir sindicância se procurada pela vítima e /ou pela Unidade de Ensino a qual pertence", esclarece o órgão.
No caso da Guarda Universitária, as estatísticas são reunidas também quando o órgão é procurado pelas vítimas, e elas levam em conta a descrição oficial dos boletins de ocorrência feitos na polícia. Por isso, há denúncias que acabam não entrando na lista. É o exemplo da estudante da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), que desde março começou a receber ameaças em bilhetes e anônimos e, em agosto, sofreu um tentativa de estupro dentro do campus. O caso dela foi registrado na polícia como lesão corporal e constrangimento ilegal e, apesar de ela ter sido atendida pela Guarda Universitária, a agressão relatada pela aluna não entrou na lista de casos de violência sexual contra mulheres.
Segundo a professora Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer, superintendente de Prevenção e Proteção Universitária, que assumiu o cargo em janeiro deste ano, ela ainda não tem contato suficiente com o programa SOS Mulher para que o serviço oferecido seja divulgado pelos guardas no momento do atendimento ás vítimas.
O G1 questionou a SAS se o caso da estudante da FFLCH foi notificado ao SOS Mulher, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem.
Centralização dos casos de abuso
Na terça-feira (9), o reitor da USP, Marco Antonio Zago, anunciou medidas para centralizar o recebimento de denúncias de abusos na Comissão de Direitos Humanos da universidade. Ainda nesta terça-feira, um grupo de membros da comissão e representantes de outros órgãos se reuniu para estudar a criação de um centro de acolhimento de denúncias e atendimento às vítimas.
À tarde, Ana Lúcia e Heloísa Buarque de Almeida, coordenadora do programa USP Diversidade, que participaram da reunião, defenderam que a universidade atue de forma concreta para que mais estudantes possam se sentir confortáveis em denunciar casos de violência. Segundo elas, isso significa ter um órgão "suprunidades", que não dependa de decisões de diretores de unidade ou pró-reitores, e possa ter independência para investigar casos.
Em entrevista ao G1 na noite desta terça, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da USP, José Gregori, que coordena as reuniões sobre a centralização do tratamento dos casos de abuso na universidade, afirmou que a ideia é que os vários interlocutores de setores da USP que lidam com o problema continuem se reunindo, inclusive durante as férias, para a elaboração de uma "política de médio e longo prazo", para tratar sobre o tema. entre os assuntos que serão abordados pelo grupo está a questão dos abusos durante os trotes universitários.
Ambiente que respeita as pessoas
"A gente tem que ver se a gente é capaz de construir um ambiente que respeita as pessoas", disse Heloísa, durante seminário sobre a relação da Guarda Universitária com os casos de violência de gênero, raça e outros fatores sociais. "A universidade tem que ter sim um posicionamento. Essas denúncias explodiram agora porque temos cada vez mais coletivos feministas e LGBT. Foi preciso fazer um escândalo para fazer com que a Reitoria tomasse consciência", disse ela.
Um fator pode aumentar a transparência dos casos de abuso, segundo Heloísa, é que o órgão a ser criado pela Comissão de Direitos Humanos aceite denúncias anônimas. "Fas parte do atendimento, não é só a vítima que tem que se expor."
Segundo a professora Ana Lúcia, além da política a médio e longo prazo, "é urgente, é para ontem, ter um centro de atendimento que não seja abstrato". Ela disse ao G1 que as vítimas de violência precisam ter um serviço que receba as denúncias e, além disso, ofereça orientações sobre o que fazer e como buscar ajuda.
Pesquisadora de antropologia, Ana Lúcia explicou, no seminário, que há muito motivos para que vítimas de abusos não relatem o que sofreram e busquem apoio. Para facilitar a aproximação entre essas vítimas e a universidade, ela defende que o órgão responsável por centralizar os casos de abusos seja o mais independente possível. "A ideia é que seja ligado à direção central, independente, supraunidade, sem vínculo com uma pessoa ou uma gestão. Uma instância permanente, com papel de continuidade independente de quem seja o reitor."
fonte:( http://g1.globo.com)
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Friburgo, RJ, participa de campanha pelo fim da violência contra a mulher.
Ações na cidade começam no dia 2 de dezembro.
Palestras em diferentes bairros fazem parte da programação.
O Centro de referência da Mulher (Crem) de Nova Friburgo, Região Serrana do Rio, participará da campanha "16 dias de ativismo pelo fim da violência doméstica e familiar contra a mulher", entre os dias 2 e 9 de dezembro, dentro do período oficial da campanha, que terá início em 25 de novembro - Dia Internacional de Não Violência Contra a Mulher.
Essa campanha é uma homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, que se posicionaram contrárias ao ditador Trujillo, ficando conhecidas como "Las Mariposas". Por isso, elas foram assassinadas em 1960, na República Dominicana.
Os 16 dias de ativismo acontecem atualmente em 159 países, e o dia 10 de dezembro, quando se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos, é a sua culminância. de acordo com a coordenadora do Crem, Rosângela Cassano, esse ano, as atividades serão concentradas nos bairros Centro e Olaria, diante das estatísticas de atendimento de 2014, que demonstraram maior número de pessoas assistidas nesses bairros.
No dia 2, será realizada palestra no Centro de Referência e Assistência Social (Cras) de conselheiro Paulino, ás 14h. No dia 3, a palestra será no Cras do Centro, á 10hs, e no Cras de São Lourenço, ás 14h. No dia 4, será realizada palestra no Cras de Olaria, ás 14h, e no dia 9 de dezembro, o Crem estará prestando esclarecimentos sobre os serviços que presta às mulheres , na Rodoviária de Integração, na Praça Getúlio Vargas, das 11h as 15h.
O período escolhido para a Campanha é bastante simbólico, já que se inicia no dia 25 de novembro- declarado como Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres - e termina no dia 10 de dezembro - Dia Internacional dos Direitos Humanos. Desta forma, é feita uma vinculação entre a luta pela não violência contra as mulheres e a defesa dos direitos humanos.
Hoje, 159 países desenvolvem esta Campanha. No Brasil, a campanha é realizada desde 2003 por meio de ações de mobilização e esclarecimento sobre o tema. Uma das ações mais significativas da campanha acontece no dia 6 de dezembro, proclamado como Dia da Mobilização de Homens pelo Fim da Violência contra a mulher.
Esse dia lembra o massacre de 14 mulheres , estudantes de engenharia da Escola Politécnica de Montreal - Canadá - praticado em 1989, por um homem que discordava que mulheres pudessem ter acesso a cursos de engenharia. "Nessa data, são distribuídos laços brancos aos homens para que, ao aceitar usá-los, eles se posicionem contra todas as formas de violência contra a mulher", afirma Rosângela.
Em Nova Friburgo, o Crem é o espaço de atendimento psicológico, social e jurídico à mulher em situação de violência. É responsável por articular os serviços que, direta ou indiretamente, contribuem para o fortalecimento da mulher.
fonte: (www.g1.globo.com)
Ações na cidade começam no dia 2 de dezembro.
Palestras em diferentes bairros fazem parte da programação.
O Centro de referência da Mulher (Crem) de Nova Friburgo, Região Serrana do Rio, participará da campanha "16 dias de ativismo pelo fim da violência doméstica e familiar contra a mulher", entre os dias 2 e 9 de dezembro, dentro do período oficial da campanha, que terá início em 25 de novembro - Dia Internacional de Não Violência Contra a Mulher.
Essa campanha é uma homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, que se posicionaram contrárias ao ditador Trujillo, ficando conhecidas como "Las Mariposas". Por isso, elas foram assassinadas em 1960, na República Dominicana.
Os 16 dias de ativismo acontecem atualmente em 159 países, e o dia 10 de dezembro, quando se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos, é a sua culminância. de acordo com a coordenadora do Crem, Rosângela Cassano, esse ano, as atividades serão concentradas nos bairros Centro e Olaria, diante das estatísticas de atendimento de 2014, que demonstraram maior número de pessoas assistidas nesses bairros.
No dia 2, será realizada palestra no Centro de Referência e Assistência Social (Cras) de conselheiro Paulino, ás 14h. No dia 3, a palestra será no Cras do Centro, á 10hs, e no Cras de São Lourenço, ás 14h. No dia 4, será realizada palestra no Cras de Olaria, ás 14h, e no dia 9 de dezembro, o Crem estará prestando esclarecimentos sobre os serviços que presta às mulheres , na Rodoviária de Integração, na Praça Getúlio Vargas, das 11h as 15h.
O período escolhido para a Campanha é bastante simbólico, já que se inicia no dia 25 de novembro- declarado como Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres - e termina no dia 10 de dezembro - Dia Internacional dos Direitos Humanos. Desta forma, é feita uma vinculação entre a luta pela não violência contra as mulheres e a defesa dos direitos humanos.
Hoje, 159 países desenvolvem esta Campanha. No Brasil, a campanha é realizada desde 2003 por meio de ações de mobilização e esclarecimento sobre o tema. Uma das ações mais significativas da campanha acontece no dia 6 de dezembro, proclamado como Dia da Mobilização de Homens pelo Fim da Violência contra a mulher.
Esse dia lembra o massacre de 14 mulheres , estudantes de engenharia da Escola Politécnica de Montreal - Canadá - praticado em 1989, por um homem que discordava que mulheres pudessem ter acesso a cursos de engenharia. "Nessa data, são distribuídos laços brancos aos homens para que, ao aceitar usá-los, eles se posicionem contra todas as formas de violência contra a mulher", afirma Rosângela.
Em Nova Friburgo, o Crem é o espaço de atendimento psicológico, social e jurídico à mulher em situação de violência. É responsável por articular os serviços que, direta ou indiretamente, contribuem para o fortalecimento da mulher.
fonte: (www.g1.globo.com)
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
PL 2.0- Aplicativo para coibir a violência contra a mulher.
Em evento promovido sexta-feira (22) pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário do Estado de São Paulo (Comesp) para comemorar os oito anos da lei Maria da Penha abrangeu também o lançamento do projeto "A tecnologia a Serviço do Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher".
A iniciativa destacou a criação de um aplicativo que pode ser instalado em smartphone com sistema Android e que, conectado a uma rede de pessoas e entidades públicas e privadas, atua em tempo real, instantaneamente, no socorro a mulheres vítimas de violência. O programa já funciona no Rio Grande do Sul, em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado.
Realizado no Fórum Criminal da Barra Funda, o encontro foi aberto pela coordenadora da Comesp, desembargadora Angélica de Maria Mello de Almeida, quie ressaltou a frequência com o que ocorre casos de violência contra a mulher, nem sempre comunicados. "Temos a convicção de que as paredes das casas abafam as vozes das mulheres, que são submetidas às mais variadas formas de violência", disse. "O temas exige atuação conjunta entre Poder Judiciário , órgão públicos e entidades privadas não governamentais que atuam nessa luta. A Comesp sente-se honrada e privilegiada, através das juízas e desembargadoras que a compõem, em poder atuar com entidades como Geledés-Instituto da Mulher Negra e a Themis-GÊnero, Justiça e Cidadania", disse.
Na mesma linhas , a vice-coordenadora da Comesp, desembargadora Maria de Lourdes Rachid Vaz de Almeida, falou do orgulho que sentiu quando foi convidada a participar da Coordenadoria, destacando o empenho do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Renato Nalini, pelo apoio dado à causa da violência contra a mulher.
A juíza Elaine Cristina Monteiro Cavalcante, titular da Vara do Foro Central da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, lembrou os oito anos de existência da Lei Maria da Penha, completados no dia 7 de Agosto, e os avanços obtidos desde então. entre eles destacou alguns desafios postos e enfrentados, como a crescente interlocução entre Poder Judiciário e demais segmentos da sociedade.
Outra mostra é a adoção de políticas de combate á violência contra a mulher nas esferas municipal, estadual e federal, além da fiscalização das medidas adotadas pelo Poder Público, graças á atuação conjunta de Judiciário e Ministério Público, em parceria com entidades privadas e organizações não governamentais. "Prova disso também é o lançamento do projeto que estamos assistindo hoje", completou.
Também integrante da Comesp, a juíza Maria Domitila Manssur Domingos falou da árdua jornada de trabalho das mulheres. Ela também fez questão de lembrar o empenho do presidente Nalini na criação de novas varas e no melhoramento da estrutura para abrigar novos juízos de Violência doméstica e familiar contra a Mulher.
A coordenadora executiva do Geledés-Instituto da Mulher Negra, Sueli Carneiro, revelou números que demostram a posição negativa ocupada pelo Brasil no ranking de mulheres mortas anualmente vítimas da violência. A advogada e presidente da Themis-Gênero, Justiça e Cidadania, Denise Dora, falou da experiência do aplicativo PLP 2.0 no Rio Grande do Sul e da troca de ideias entre pessoas e entidades a partir do caminho construído com a aprovação da Lei Maria da Penha. Denise disse que o objetivo do aplicativo é fazer com que as mulheres em atuação de risco não estejam sozinhas, mas ligadas quase que instantaneamente a uma rede de pessoas e entidades públicas e privadas que atuam no combate á violência praticada contra elas. O criador do aplicativo, Daniel Dora, fez rápida demonstração de como, em poucos segundos, o instrumento pode beneficiar as mulheres ameaçadas.
O webdesigner Antonio Carlos Santos Filho falou do site criado por ele, o www.plp2.0.org.br, que vai atuar conjuntamente ao aplicativo, fornecendo informações a respeito de entidades públicas e privadas que atuam no combate á violência contra a mulher.
O evento foi encerrado pela desembargadora Angélica de Almeida, que se disse encantada com o projeto. "O Tribunal de Justiça de São Paulo se sente feliz em poder participar de uma iniciativa de tamanha envergadura".
A mesa dos trabalhos foi formada pelas desembargadoras Angélica de Almeida e Maria de lourdes Rachid Vaz de Almeida e as juízas Eaine Cristina Monteiro Cavalcante e Maria Domitila Manssur Domingos, todas integrantes da Comesp; pela juíza diretora do Complexo Judiciário ministro Mário Guimarães ( Fórum Criminal da Barra Funda) Maria de Fátima dos Santos Gomes Muniz de Oliveira; pela presidente do Comitê de Ação Social e Cidadania do Tribunal de Justiça (CASC), Maria Luiza de Freitas Nalini; representantes do Geledês-Instituto da Muher Negra e da Themis-Gênero, Jusitça e Cidadania e o juiz da Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Região Leste 2, Caio Moscariello Rodrigues.
Também prestigiaram o encontro o secretário da Área da Saúde (SAS) do Tribunal, Tarcísio dos Santos;a juíza do Trabalho Mylene Pereira ramos; as promotoras de Justiça do Grupo de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid), Valéria Scarance e Silvia Charquiam; a secretária-adjunta da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, Dulcelina Xavier; a presidente da Comissão de Mulher Advogada da OAB/SP, Kátia Boulos; magistrados, integrantes do Ministério Público e da advocacia, defensores públicos e servidores.
Sobre o Aplicativo:
1. O PLP 2.0 funciona inicialmente somente para Android
2. É a primeira fase do Aplicativo
3. Criar uma rede particular de proteção e permite cadastrar 5 telefones em minha rede de proteção.
4. Configure o tempo do alarme
5. Agite seu telefone para enviar o pedido de socorro.
6. E aguarde novas atualizações.
Em evento promovido sexta-feira (22) pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário do Estado de São Paulo (Comesp) para comemorar os oito anos da lei Maria da Penha abrangeu também o lançamento do projeto "A tecnologia a Serviço do Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher".
A iniciativa destacou a criação de um aplicativo que pode ser instalado em smartphone com sistema Android e que, conectado a uma rede de pessoas e entidades públicas e privadas, atua em tempo real, instantaneamente, no socorro a mulheres vítimas de violência. O programa já funciona no Rio Grande do Sul, em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado.
Realizado no Fórum Criminal da Barra Funda, o encontro foi aberto pela coordenadora da Comesp, desembargadora Angélica de Maria Mello de Almeida, quie ressaltou a frequência com o que ocorre casos de violência contra a mulher, nem sempre comunicados. "Temos a convicção de que as paredes das casas abafam as vozes das mulheres, que são submetidas às mais variadas formas de violência", disse. "O temas exige atuação conjunta entre Poder Judiciário , órgão públicos e entidades privadas não governamentais que atuam nessa luta. A Comesp sente-se honrada e privilegiada, através das juízas e desembargadoras que a compõem, em poder atuar com entidades como Geledés-Instituto da Mulher Negra e a Themis-GÊnero, Justiça e Cidadania", disse.
Na mesma linhas , a vice-coordenadora da Comesp, desembargadora Maria de Lourdes Rachid Vaz de Almeida, falou do orgulho que sentiu quando foi convidada a participar da Coordenadoria, destacando o empenho do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Renato Nalini, pelo apoio dado à causa da violência contra a mulher.
A juíza Elaine Cristina Monteiro Cavalcante, titular da Vara do Foro Central da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, lembrou os oito anos de existência da Lei Maria da Penha, completados no dia 7 de Agosto, e os avanços obtidos desde então. entre eles destacou alguns desafios postos e enfrentados, como a crescente interlocução entre Poder Judiciário e demais segmentos da sociedade.
Outra mostra é a adoção de políticas de combate á violência contra a mulher nas esferas municipal, estadual e federal, além da fiscalização das medidas adotadas pelo Poder Público, graças á atuação conjunta de Judiciário e Ministério Público, em parceria com entidades privadas e organizações não governamentais. "Prova disso também é o lançamento do projeto que estamos assistindo hoje", completou.
Também integrante da Comesp, a juíza Maria Domitila Manssur Domingos falou da árdua jornada de trabalho das mulheres. Ela também fez questão de lembrar o empenho do presidente Nalini na criação de novas varas e no melhoramento da estrutura para abrigar novos juízos de Violência doméstica e familiar contra a Mulher.
A coordenadora executiva do Geledés-Instituto da Mulher Negra, Sueli Carneiro, revelou números que demostram a posição negativa ocupada pelo Brasil no ranking de mulheres mortas anualmente vítimas da violência. A advogada e presidente da Themis-Gênero, Justiça e Cidadania, Denise Dora, falou da experiência do aplicativo PLP 2.0 no Rio Grande do Sul e da troca de ideias entre pessoas e entidades a partir do caminho construído com a aprovação da Lei Maria da Penha. Denise disse que o objetivo do aplicativo é fazer com que as mulheres em atuação de risco não estejam sozinhas, mas ligadas quase que instantaneamente a uma rede de pessoas e entidades públicas e privadas que atuam no combate á violência praticada contra elas. O criador do aplicativo, Daniel Dora, fez rápida demonstração de como, em poucos segundos, o instrumento pode beneficiar as mulheres ameaçadas.
O webdesigner Antonio Carlos Santos Filho falou do site criado por ele, o www.plp2.0.org.br, que vai atuar conjuntamente ao aplicativo, fornecendo informações a respeito de entidades públicas e privadas que atuam no combate á violência contra a mulher.
O evento foi encerrado pela desembargadora Angélica de Almeida, que se disse encantada com o projeto. "O Tribunal de Justiça de São Paulo se sente feliz em poder participar de uma iniciativa de tamanha envergadura".
A mesa dos trabalhos foi formada pelas desembargadoras Angélica de Almeida e Maria de lourdes Rachid Vaz de Almeida e as juízas Eaine Cristina Monteiro Cavalcante e Maria Domitila Manssur Domingos, todas integrantes da Comesp; pela juíza diretora do Complexo Judiciário ministro Mário Guimarães ( Fórum Criminal da Barra Funda) Maria de Fátima dos Santos Gomes Muniz de Oliveira; pela presidente do Comitê de Ação Social e Cidadania do Tribunal de Justiça (CASC), Maria Luiza de Freitas Nalini; representantes do Geledês-Instituto da Muher Negra e da Themis-Gênero, Jusitça e Cidadania e o juiz da Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Região Leste 2, Caio Moscariello Rodrigues.
Também prestigiaram o encontro o secretário da Área da Saúde (SAS) do Tribunal, Tarcísio dos Santos;a juíza do Trabalho Mylene Pereira ramos; as promotoras de Justiça do Grupo de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid), Valéria Scarance e Silvia Charquiam; a secretária-adjunta da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, Dulcelina Xavier; a presidente da Comissão de Mulher Advogada da OAB/SP, Kátia Boulos; magistrados, integrantes do Ministério Público e da advocacia, defensores públicos e servidores.
Sobre o Aplicativo:
1. O PLP 2.0 funciona inicialmente somente para Android
2. É a primeira fase do Aplicativo
3. Criar uma rede particular de proteção e permite cadastrar 5 telefones em minha rede de proteção.
4. Configure o tempo do alarme
5. Agite seu telefone para enviar o pedido de socorro.
6. E aguarde novas atualizações.
Fonte: ( http://www.geledes.org.br)
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Segundo OMS, violência contra a mulher vira um epidemia.
Ceará Agora Editorial Alerta Geral novembro 24, 2014
Agressões dentro e fora de casa. Desrespeito de companheiros e, muitas vezes, dos próprios filhos. Desamparo do poder público e da família. Tem sido, assim, a rotina de milhões de mulheres vítimas da violência. Tem sido, assim, o dia-a dia de milhões de brasileiras. De milhares de mulheres cearenses que aparecem, mais uma vez, como vítima de casos de violência que chocam, geram traumas e sacrifícios. Os abusos contra as mulheres estão retratados em uma pesquisa divulgada, nesse final de semana, pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A OMS faz um alerta mundial que esse tipo de violência se transformou em uma epidemia e alerta para a necessidade desses casos serem tratados mais como questão de saúde pública e menos como casos de polícia. A pesquisa aponta que duas em cada três mulheres são vítimas frequentes da violência no próprio lar e de abusos sexuais. Os dados desse levantamento revelam, ainda, que mesmo com todos os mecanismos adotados para inibir esse tipo de agressão, como, por exemplo, no Brasil, como o avanço da lei Maria da Penha, a ampliação do número de delegacias especializadas, as mulheres continuam sofrendo discriminação, preconceito, agressões verbais, físicas e morais. Na maioria dos casos, o mais lastimável: a agressão acontece dentro de casa.
fonte:(http://www.cearaagora.com.br )
Ceará Agora Editorial Alerta Geral novembro 24, 2014
Agressões dentro e fora de casa. Desrespeito de companheiros e, muitas vezes, dos próprios filhos. Desamparo do poder público e da família. Tem sido, assim, a rotina de milhões de mulheres vítimas da violência. Tem sido, assim, o dia-a dia de milhões de brasileiras. De milhares de mulheres cearenses que aparecem, mais uma vez, como vítima de casos de violência que chocam, geram traumas e sacrifícios. Os abusos contra as mulheres estão retratados em uma pesquisa divulgada, nesse final de semana, pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A OMS faz um alerta mundial que esse tipo de violência se transformou em uma epidemia e alerta para a necessidade desses casos serem tratados mais como questão de saúde pública e menos como casos de polícia. A pesquisa aponta que duas em cada três mulheres são vítimas frequentes da violência no próprio lar e de abusos sexuais. Os dados desse levantamento revelam, ainda, que mesmo com todos os mecanismos adotados para inibir esse tipo de agressão, como, por exemplo, no Brasil, como o avanço da lei Maria da Penha, a ampliação do número de delegacias especializadas, as mulheres continuam sofrendo discriminação, preconceito, agressões verbais, físicas e morais. Na maioria dos casos, o mais lastimável: a agressão acontece dentro de casa.
fonte:(http://www.cearaagora.com.br )
Recife participa de campanha pelo fim da violência contra a mulher.
Do NE10
"Ser feliz. Eu vou. É meu direito". É este o nome da nova campanha pelo fim da violência doméstica e sexista contra a mulher, lançada pela Prefeitura do Recife (PCR) em comemoração ao movimento internacional de "16 dias de ativismo", que acontece de 25 de Novembro a 10 de Dezembro.
De acordo com a Secretaria da Mulher, o evento reforça o compromisso na construção de uma cidade igualitária. O objetivo é incentivar a denúncia dos crimes , através do "Liga, mulher", do Centro de Referência Clarice Lispector, localizado no Centro do Recife, especializado em orientar mulheres em situação de violência. A ligação é gratuita eo serviço funciona todos os dias, inclusive fins de semana, das 7h ás 19h.
A campanha, que será lançada nesta terça-feira (25), será veiculada em outdoors e painéis de LED pelo Recife e nas redes sociais da PCR. Durante 16 dias, uma personagem chamada Socorro divulgará os eventos e ações promovidos na página do Facebook do órgão municipal.
No evento, será lançado o livro "Reconstruindo vidas: mulheres que romperam a violência doméstica", que retrata a história de dez recifenses que passaram por diversos tipos de violência (sexual, patrimonial, doméstica) e o relato de profissionais que lidam com o assunto.
MOVIMENTO- A campanha de 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher começou em 1991, por iniciativa do Centro de Liderança Global de Mulheres. Mais de 150 países participam , e esta tornou-se uma das mais importantes estratégias de mobilização e sensibilização da sociedade.
(fonte:http://noticias.ne10.uol.com.br/ )
Do NE10
"Ser feliz. Eu vou. É meu direito". É este o nome da nova campanha pelo fim da violência doméstica e sexista contra a mulher, lançada pela Prefeitura do Recife (PCR) em comemoração ao movimento internacional de "16 dias de ativismo", que acontece de 25 de Novembro a 10 de Dezembro.
De acordo com a Secretaria da Mulher, o evento reforça o compromisso na construção de uma cidade igualitária. O objetivo é incentivar a denúncia dos crimes , através do "Liga, mulher", do Centro de Referência Clarice Lispector, localizado no Centro do Recife, especializado em orientar mulheres em situação de violência. A ligação é gratuita eo serviço funciona todos os dias, inclusive fins de semana, das 7h ás 19h.
A campanha, que será lançada nesta terça-feira (25), será veiculada em outdoors e painéis de LED pelo Recife e nas redes sociais da PCR. Durante 16 dias, uma personagem chamada Socorro divulgará os eventos e ações promovidos na página do Facebook do órgão municipal.
No evento, será lançado o livro "Reconstruindo vidas: mulheres que romperam a violência doméstica", que retrata a história de dez recifenses que passaram por diversos tipos de violência (sexual, patrimonial, doméstica) e o relato de profissionais que lidam com o assunto.
MOVIMENTO- A campanha de 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher começou em 1991, por iniciativa do Centro de Liderança Global de Mulheres. Mais de 150 países participam , e esta tornou-se uma das mais importantes estratégias de mobilização e sensibilização da sociedade.
(fonte:http://noticias.ne10.uol.com.br/ )
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Universidade e violência contra as mulheres: Vamos falar sério?
As mulheres já são maioria nas universidades brasileiras.
Combater o machismo no ambiente acadêmico, contudo, segue sendo um desafio. As noticias de violência contra as estudantes dentro das instituições de ensino têm se multiplicado.
Por Virgínia Barros*, para o Portal Vermelho.
A USP, por exemplo, maior instituição pública do país, tem sido espaço de muitas denúncias. Em setembro deste ano, uma estudante da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) denunciou uma tentativa de estupro. Ela vinha recebendo bilhetinhos anônimos e foi abordada com violência no estacionamento por um homem que não conseguiu identificar. Ela só conseguiu escapar porque acionou a buzina do carro insistentemente.
Recentemente, chamou a atenção de todo o país uma audiência da Assembleia Legislativa de São Paulo em que duas jovens afirmaram terem sido estupradas em festas organizadas por veteranos de medicina da principal universidade paulista. Em decorrência destas denúncias, foi aberto um inquérito pelo Ministério Público Estadual para investigar casos de violência sexual e agressão às mulheres e homossexuais da Faculdade de Medicina da USP.
Além do trauma, medo e vergonha- a culpabilização das vítimas é frequente- as mulheres que sofrem violência sexual têm dificuldades de encontrar testemunhas. Não existem estatísticas sobre o tema em universidades brasileiras, mas os casos se repetem em agressões cometidas pelos próprios estudantes e por pessoas de fora da instituição, que entram no campus por falta de segurança. As universidades, portanto, também são responsáveis.
Nos Estados Unidos, em maio, o Departamento de Educação divulgou uma relação de 55 universidades e faculdades norte- americanas investigadas por suspeita de não cumprirem a lei ao lidar com denúncias de violência, abuso sexual ou assédio sexual. A lista inclui universidades mundialmente famosas, como a Faculdade de Direito de Harvard College, assim como as universidades de Berkeley, Princeton, entre outras.
Há alguns meses, uma estudante da universidade de Columbia desfilou pela faculdade com o colchão onde sofreu violência sexual dentro da instituição para chamar a atenção para o caso, depois que a direção da universidade considerou inocente o acusado, um colega de quarto da estudante.
Muitos consideram uma "epidemia" o número de agressões sexuais nos campi. Nos EUA, segundo dados das próprias universidades, uma em cada cinco estudantes já foi atacada, mas só 12% denunciaram. Na Califórnia, existe uma lei inédita que obriga todas as faculdades a terem um política contra agressões sexuais- e as universidades que se negam podem deixar de ganhar repasses de verbas do governo. Algumas já adotaram medidas para orientar os estudantes de que os espectadores têm o poder e o dever de intervir em situações que podem vitimar as mulheres.
Nota-se, portanto, que este não é um problema exclusivo do nosso país, mas o reflexo da cultura machista que prevalece na sociedade contemporânea. Nós, mulheres, conquistamos o direito de trabalhar fora de casa, mas ainda recebemos salários inferiores ao dos homens. Chegamos à chefia de grandes empresas e postos políticos importantes, inclusive na presidência da República, mas ainda sofremos com estereótipos que ridicularizam nossa presença nos espaços de poder. Tornamo-nos maioria na universidade, mas ainda carecemos de políticas de permanência, saúde e segurança que se voltem especificamente para as mulheres.
Todos devem ter consciência de que zelar pela integridade das estudantes deve ser papel da instituição, dos homens e das mulheres dentro das universidades.Combater o machismo com atitudes diárias, seja no dia-a dia das aulas ou em festas e ambientes de descontração, é o caminho para que as mulheres não se sintam ameaçadas. Por isso é necessário que se ampliem em âmbito nacional as delegacias de proteção à mulher e as punições aos agressores. No contexto das universidades, precisamos criar órgão específicos que sejam responsáveis pela apuração de todos os casos e pelo amparo psicológico às estudantes vitimadas.
A segurança dentro dos campi é assunto frequente na reivindicação do movimento estudantil. É preciso uma solução séria e eficiente para o tema: nem a truculência da Polícia Militar, nem a inanição da guarda patrimonial. Queremos acender o debate sobre o retorno da guarda universitária aos quadros da universidade, para que haja um corpo de segurança especialmente treinado para este ambiente e que possa assegurar a defesa social da comunidade acadêmica.
Precisamos também melhorar a infraestrutura do campus: ocupar com inteligência e segurança os espaços e reforçar o sistema de iluminação para os estudantes que estudam à noite. Avançar nas politicas de assistência estudantil para melhorar as condições de vida e aprendizado de todos os estudantes também é fundamental, com creches e assistência médica e psicológica inserida nos planejamentos das instituições.
O movimento estudantil se mantém na linha de frente do combate a qualquer tipo de opressão contra as mulheres: somente na luta cotidiana contra o machismo poderemos mudar essa realidade de medo e violência e construir uma sociedade igualitária e fraterna, onde todos e todas possam viver plenamente a sua diversidade.
As mulheres já são maioria nas universidades brasileiras.
Combater o machismo no ambiente acadêmico, contudo, segue sendo um desafio. As noticias de violência contra as estudantes dentro das instituições de ensino têm se multiplicado.
Por Virgínia Barros*, para o Portal Vermelho.
A USP, por exemplo, maior instituição pública do país, tem sido espaço de muitas denúncias. Em setembro deste ano, uma estudante da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) denunciou uma tentativa de estupro. Ela vinha recebendo bilhetinhos anônimos e foi abordada com violência no estacionamento por um homem que não conseguiu identificar. Ela só conseguiu escapar porque acionou a buzina do carro insistentemente.
Recentemente, chamou a atenção de todo o país uma audiência da Assembleia Legislativa de São Paulo em que duas jovens afirmaram terem sido estupradas em festas organizadas por veteranos de medicina da principal universidade paulista. Em decorrência destas denúncias, foi aberto um inquérito pelo Ministério Público Estadual para investigar casos de violência sexual e agressão às mulheres e homossexuais da Faculdade de Medicina da USP.
Além do trauma, medo e vergonha- a culpabilização das vítimas é frequente- as mulheres que sofrem violência sexual têm dificuldades de encontrar testemunhas. Não existem estatísticas sobre o tema em universidades brasileiras, mas os casos se repetem em agressões cometidas pelos próprios estudantes e por pessoas de fora da instituição, que entram no campus por falta de segurança. As universidades, portanto, também são responsáveis.
Nos Estados Unidos, em maio, o Departamento de Educação divulgou uma relação de 55 universidades e faculdades norte- americanas investigadas por suspeita de não cumprirem a lei ao lidar com denúncias de violência, abuso sexual ou assédio sexual. A lista inclui universidades mundialmente famosas, como a Faculdade de Direito de Harvard College, assim como as universidades de Berkeley, Princeton, entre outras.
Há alguns meses, uma estudante da universidade de Columbia desfilou pela faculdade com o colchão onde sofreu violência sexual dentro da instituição para chamar a atenção para o caso, depois que a direção da universidade considerou inocente o acusado, um colega de quarto da estudante.
Muitos consideram uma "epidemia" o número de agressões sexuais nos campi. Nos EUA, segundo dados das próprias universidades, uma em cada cinco estudantes já foi atacada, mas só 12% denunciaram. Na Califórnia, existe uma lei inédita que obriga todas as faculdades a terem um política contra agressões sexuais- e as universidades que se negam podem deixar de ganhar repasses de verbas do governo. Algumas já adotaram medidas para orientar os estudantes de que os espectadores têm o poder e o dever de intervir em situações que podem vitimar as mulheres.
Nota-se, portanto, que este não é um problema exclusivo do nosso país, mas o reflexo da cultura machista que prevalece na sociedade contemporânea. Nós, mulheres, conquistamos o direito de trabalhar fora de casa, mas ainda recebemos salários inferiores ao dos homens. Chegamos à chefia de grandes empresas e postos políticos importantes, inclusive na presidência da República, mas ainda sofremos com estereótipos que ridicularizam nossa presença nos espaços de poder. Tornamo-nos maioria na universidade, mas ainda carecemos de políticas de permanência, saúde e segurança que se voltem especificamente para as mulheres.
Todos devem ter consciência de que zelar pela integridade das estudantes deve ser papel da instituição, dos homens e das mulheres dentro das universidades.Combater o machismo com atitudes diárias, seja no dia-a dia das aulas ou em festas e ambientes de descontração, é o caminho para que as mulheres não se sintam ameaçadas. Por isso é necessário que se ampliem em âmbito nacional as delegacias de proteção à mulher e as punições aos agressores. No contexto das universidades, precisamos criar órgão específicos que sejam responsáveis pela apuração de todos os casos e pelo amparo psicológico às estudantes vitimadas.
A segurança dentro dos campi é assunto frequente na reivindicação do movimento estudantil. É preciso uma solução séria e eficiente para o tema: nem a truculência da Polícia Militar, nem a inanição da guarda patrimonial. Queremos acender o debate sobre o retorno da guarda universitária aos quadros da universidade, para que haja um corpo de segurança especialmente treinado para este ambiente e que possa assegurar a defesa social da comunidade acadêmica.
Precisamos também melhorar a infraestrutura do campus: ocupar com inteligência e segurança os espaços e reforçar o sistema de iluminação para os estudantes que estudam à noite. Avançar nas politicas de assistência estudantil para melhorar as condições de vida e aprendizado de todos os estudantes também é fundamental, com creches e assistência médica e psicológica inserida nos planejamentos das instituições.
O movimento estudantil se mantém na linha de frente do combate a qualquer tipo de opressão contra as mulheres: somente na luta cotidiana contra o machismo poderemos mudar essa realidade de medo e violência e construir uma sociedade igualitária e fraterna, onde todos e todas possam viver plenamente a sua diversidade.
Fonte: (http://www.vermelho.org.br/)
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Paraíba lança atendimento à violência contra mulheres.
O Governo do Estado lança, nesta quarta-feira (29), às 19h, o Sistema de Informação de Atendimento a Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e Sexual durante o Seminário Estadual - Implementação da Lei Maria da Penha na Paraíba: Uma ação coletiva, que acontecerá até sexta-feira (31), no Hotel Verde Green, em João Pessoa. O evento é uma realizaçãodo Governo do Estado, por meio dasSecretarias de Estado da Mulher e da Diversidade Humana da Paraíba (Semdh) e da Segurança e Defesa Social (Seds), e da Delegação da União Europeia no Brasil.
A abertura do seminário contará com as presenças da secretária da Mulher e da Diversidade Humana, Gilberta Soares; do secretário de Estado de Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima; da delegada da Mulher de João Pessoa, Maísa Félix; e da assessora do Programa de Cooperação-Delegação da União Europeia no Brasil, Ana Almeida.
O Sistema de Informação a Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e Sexual registrará todos os atendimentos de violência doméstica e sexual feito portodos os órgãos e organizações que atuam na Rede de Atenção às mulheres vítimas de violência na Paraíba. “Estamos visando à interiorização e uniformização do atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e sexual. Vamos monitorar os dados e ter um acompanhamento das informações para formulação de políticas específicas”, disse Gilberta Soares.
No evento serão capacitados delegados e policiais civis de 40 municípios onde não funcionam delegacias especializadas para fazer o atendimento de mulheres em situação de violência. Cada delegacia receberá computadores com o programa de Sistema de Informação instalado.
Segundo a secretária Gilberta Soares, a parceria com a Delegação da União Europeia no Brasil proporcionou a entrega de computadores com o sistema de informação produzido e já instalado pela Codata. “Estaremos entregando os computadores amanhã e vamos capacitar delegados e policiais de 40 cidades onde foram registrados homicídios de mulheres e não funcionam delegacias especializadas. A capacitação é uma das normativas da Lei Maria da Penha, que prevê que o atendimento possa ser feito em qualquer delegacia e só em casos de urgência encaminhado para delegacias especializadas”, disse.
A parceria do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana e da Secretaria de Segurança e Defesa Social, com a Delegação da União Europeia no Brasil foi incentivada pela Cunhã Coletivo Feminista e busca fortalecer as ações de interiorização da aplicação da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) com os operadores da Segurança e Justiça.
Programação
29 de outubro de 2014 – Quarta-feira
Mesa de Abertura
20h – Conferência de Abertura – Violência contra as Mulheres: Uma questão de Gênero
Conferencista: Joyce Borges
Coquetel
O Sistema de Informação a Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e Sexual registrará todos os atendimentos de violência doméstica e sexual feito portodos os órgãos e organizações que atuam na Rede de Atenção às mulheres vítimas de violência na Paraíba. “Estamos visando à interiorização e uniformização do atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e sexual. Vamos monitorar os dados e ter um acompanhamento das informações para formulação de políticas específicas”, disse Gilberta Soares.
No evento serão capacitados delegados e policiais civis de 40 municípios onde não funcionam delegacias especializadas para fazer o atendimento de mulheres em situação de violência. Cada delegacia receberá computadores com o programa de Sistema de Informação instalado.
Segundo a secretária Gilberta Soares, a parceria com a Delegação da União Europeia no Brasil proporcionou a entrega de computadores com o sistema de informação produzido e já instalado pela Codata. “Estaremos entregando os computadores amanhã e vamos capacitar delegados e policiais de 40 cidades onde foram registrados homicídios de mulheres e não funcionam delegacias especializadas. A capacitação é uma das normativas da Lei Maria da Penha, que prevê que o atendimento possa ser feito em qualquer delegacia e só em casos de urgência encaminhado para delegacias especializadas”, disse.
A parceria do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana e da Secretaria de Segurança e Defesa Social, com a Delegação da União Europeia no Brasil foi incentivada pela Cunhã Coletivo Feminista e busca fortalecer as ações de interiorização da aplicação da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) com os operadores da Segurança e Justiça.
Programação
29 de outubro de 2014 – Quarta-feira
Mesa de Abertura
20h – Conferência de Abertura – Violência contra as Mulheres: Uma questão de Gênero
Conferencista: Joyce Borges
Coquetel
30 de outubro de 2014 – Quinta-feira
8h – Apresentação da parceria entre Governo do Estado da Paraíba e a Delegação da União Europeia no Brasil - Compromissos e competências.
Gilberta Santos Soares - Secretária de Estado da Mulher e da Diversidade Humana
Delegada Maisa Felix Ribeiro de Araújo (Secretaria de Estado de Segurança e Defesa Social)
Ana Almeida – Assessora do Programa de Cooperação- Delegação da União Europeia no Brasil
9h – Mesa: Sistema Estadual de Atendimento à Violência Contra as Mulheres
Coordenação da Mesa - Anadilza Maria Paiva Ferreira – Cunhã Coletivo Feminista
- Importância da Informação para o enfrentamento da violência contra as Mulheres – Profa.Dra. Gisele Rocha Côrtes– Departamento de Ciência da Informação - CCSA/UFPB
- Lançamento do Sistema de Atendimento à Violência contra as Mulheres – Codata e
Semdh
14h - Mesa Redonda - Competência dos órgãos na aplicação da Lei Maria Penha: Ação em Rede
Coordenação da Mesa: Nézia Gomes - Secretária Executiva da Mulher e da Diversidade Humana
Tribunal de Justiça
- Juíza Rita de Cássia Andrade – Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a
Mulher do Tribunal de Justiça da Paraíba
Ministério Público
- Promotora Erica Canuto Veras – Núcleo de Apoio a Mulher Vítima da Violência
Doméstica e Familiar (Namvid) MPE-RN
- Promotora Rosane Maria Araújo de Oliveira – Promotoria de Justiça de Defesa da
Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar – MPE - PB
Defensoria Pública
- Defensora Elizabeth das Chagas Souza – Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher (Nudem) da Defensoria Pública do Ceará
- Defensora Maria de Fátima Marques – Gerente Operacional de Atendimento da
Defensoria Pública da Paraíba
Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana
- Joelma Medeiros Silvestre – Casa Abrigo Estadual Aryane Thais da Paraíba
Rede Estadual de Atenção às Mulheres e Adolescentes Vítimas de Violência (Reamcav)
- Anadilza Maria Paiva Ferreira – Cunhã Coletivo Feminista
16h45 – Debate
31 de outubro de 2014 – Sexta-feira
8h – Mesa temática: Diretrizes do atendimento às vítimas de violência doméstica e sexual nas delegacias de polícia
Coordenação – DPC Hertha França Costa
Expositoras: DPC Lenise Valentim – Coordenadora das DEAMS/PE
- DPC Maisa Felix – Coordenadora das DEAMS/PB
9h – Debate
10h– Apresentação de simulação do atendimento humanizado às mulheres vítimas de violência doméstica em Delegacia de Polícia
DPC Patrícia Fernandes Forny e DPC Tâmara Lenine Xavier Lucena
10h20 - Debate
11h - Definição das DEAMS de referência para suporte às demais delegacias no atendimento aos casos de Lei Maria da Penha
DPC Maisa Felix Araújo – Coordenação das DEAM/PB
Coordenação - Elinaide Alves de Carvalho – Gerencia Executiva de Equidade de
Gênero/Semdh
13h - Encerramento
Secom-PB
8h – Apresentação da parceria entre Governo do Estado da Paraíba e a Delegação da União Europeia no Brasil - Compromissos e competências.
Gilberta Santos Soares - Secretária de Estado da Mulher e da Diversidade Humana
Delegada Maisa Felix Ribeiro de Araújo (Secretaria de Estado de Segurança e Defesa Social)
Ana Almeida – Assessora do Programa de Cooperação- Delegação da União Europeia no Brasil
9h – Mesa: Sistema Estadual de Atendimento à Violência Contra as Mulheres
Coordenação da Mesa - Anadilza Maria Paiva Ferreira – Cunhã Coletivo Feminista
- Importância da Informação para o enfrentamento da violência contra as Mulheres – Profa.Dra. Gisele Rocha Côrtes– Departamento de Ciência da Informação - CCSA/UFPB
- Lançamento do Sistema de Atendimento à Violência contra as Mulheres – Codata e
Semdh
14h - Mesa Redonda - Competência dos órgãos na aplicação da Lei Maria Penha: Ação em Rede
Coordenação da Mesa: Nézia Gomes - Secretária Executiva da Mulher e da Diversidade Humana
Tribunal de Justiça
- Juíza Rita de Cássia Andrade – Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a
Mulher do Tribunal de Justiça da Paraíba
Ministério Público
- Promotora Erica Canuto Veras – Núcleo de Apoio a Mulher Vítima da Violência
Doméstica e Familiar (Namvid) MPE-RN
- Promotora Rosane Maria Araújo de Oliveira – Promotoria de Justiça de Defesa da
Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar – MPE - PB
Defensoria Pública
- Defensora Elizabeth das Chagas Souza – Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher (Nudem) da Defensoria Pública do Ceará
- Defensora Maria de Fátima Marques – Gerente Operacional de Atendimento da
Defensoria Pública da Paraíba
Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana
- Joelma Medeiros Silvestre – Casa Abrigo Estadual Aryane Thais da Paraíba
Rede Estadual de Atenção às Mulheres e Adolescentes Vítimas de Violência (Reamcav)
- Anadilza Maria Paiva Ferreira – Cunhã Coletivo Feminista
16h45 – Debate
31 de outubro de 2014 – Sexta-feira
8h – Mesa temática: Diretrizes do atendimento às vítimas de violência doméstica e sexual nas delegacias de polícia
Coordenação – DPC Hertha França Costa
Expositoras: DPC Lenise Valentim – Coordenadora das DEAMS/PE
- DPC Maisa Felix – Coordenadora das DEAMS/PB
9h – Debate
10h– Apresentação de simulação do atendimento humanizado às mulheres vítimas de violência doméstica em Delegacia de Polícia
DPC Patrícia Fernandes Forny e DPC Tâmara Lenine Xavier Lucena
10h20 - Debate
11h - Definição das DEAMS de referência para suporte às demais delegacias no atendimento aos casos de Lei Maria da Penha
DPC Maisa Felix Araújo – Coordenação das DEAM/PB
Coordenação - Elinaide Alves de Carvalho – Gerencia Executiva de Equidade de
Gênero/Semdh
13h - Encerramento
Secom-PB
(fonte:http://www.pbagora.com.br/)
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Violência Contra a Mulher é uma Epidemia Mundial.
Por: Marco Antônio Araújo.
A Idade Média continua vigorando no planeta Terra. Em pleno século XXI, somos obrigados a conviver com uma mentalidade que remete a humanidade ao seu período mais violento, ignorante e sombrio. Nesse pesadelo que se recusa a acabar, as mulheres continuam a ser vítima preferencial. Aqui ou alhures.
"Ela teve o que mereceu". A frase graciosa foi proferida, em tom convicto, pelo lutador americano de MMA War Machine, para justificar a agressão, criminosa e, pricipalmente, covarde contra sua ex, a atriz pornô Christy Mack. O motivo não poderia ser mais torpe: ciúmes. O cara acredita realmente que a moça é propriedade dele.
Mesmo preso, o troglodita não demostra arrependimentos. Em carta escrita a um amigo, divagou que, no Texas, poderia ater atirado nela e em seu atual namorado, que sairia ileso, pois naquele Estado ainda sobrevive a figura jurídica abjeta do "crime passional". Um cretino consumado.
Antes fosse um caso isolado, a ser tratado com desprezo por pessoas esclarecidas e civilizadas. Mas sabemos que essa mentalidade impera em todas as sociedades, e, aqui no Brasil, com folga. Uma país que, mesmo tendo uma Lei Maria da Penha, convive diariamente com mulheres sendo espancadas, humilhadas e subtraídas de seu direito básico à integridade física.
Há muito isso deixou de ser uma mera questão cultural. É, na, verdade, uma epidemia que ataca homens desprovidos de caráter e da míni,a decência moral. Abdicam da masculinidade e deixam de ser homens quando preferem agir, deliberadamente, como animais em estado bruto. Precisamos ser duros e impiedosos com os vermes que insistem em tratar suas companheiras como objetos ou escravas. E mais firmes com aquelas mulheres que se submetem a esse tratamento indigno, sem se rebelar.
Claro que não é fácil se libertar do opressor, principalmente quando ele dorme ao seu lado. Mas a ninguém pode ser dada a opção de condenar o ser humano a viver nas trevas. Nessa briga, todos temos a obrigação de meter a colher.
fonte:( http://noticias.r7.com/blogs/o-provocador)
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Combate à violência contra mulher mostra resultados.
Lei Maria da Penha.
Patrulhamento especializado monitora cumprimento de medidas protetivas de urgência fazendo visitas regulares as vítimas.
Mulher busca orientação com delegada durante campanha de orientação sobre violência doméstica.
Para fazer cumprir as medidas protetivas solicitadas por vítimas de violência doméstica, começaram a ser implantadas as patrulhas Lei Maria da Penha em diversas cidades do País. O primeiro estado a contar com o serviço foi o Rio Grande do Sul, a partir de 2012. Em São Paulo e Paraná, o patrulhamento especializado começou em 2014.
Além de monitorar o cumprimento das normas penais, com um acolhimento humanizado, as patrulhas realizam um trabalho de prevenção e de combate a violência física, psicológica, sexual, moral e patrimonial contra as mulheres.
Segundo a secretária de Enfrentamento à Violência contra as mulheres da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), Aparecida Gonçalves, " as patrulhas Lei Maria da Penha têm provado que é possível agir e prevenir ao mesmo tempo garantindo segurança cidadã e atendimento humanizado", destaca secretária.
Rio Grande do Sul
A aplicação da Lei Maria da Penha no Rio Grande do Sul é feita por meio da Rede Lilás, que coordena ações com a participação de instituições de acesso à segurança, à saúde, à educação e à assistência social. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP/RS) para o primeiro semestre de 2014, os crimes de lesão corporal, agressão, estupro e femicídios (assassinatos de mulheres) tiveram redução média de 13% no Estado.
Esse índice reflete os resultados do trabalho da Rede Lilás da qual a Patrulha Maria da Penha faz parte, juntamente com as coordenadorias, centros de referência, casas-abrigo. O estado já conta com 16 cidades cobertas pelo serviço, que busca identificar e atender mulheres vítimas de violência.
Contam com o serviço, além de santana do Livramento, Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Caxias do Sul, Charqueadas, Cruz alta, Esteio, Novo Hamburgo, passo Fundo, Pelotas, Porto Alegra (seis patrulhas), Santa Cruz do Sul, Uruguaiana e Vacaria. Até o fim de 2014, serão implantadas em Bagé, Bento Gonçalves, Erechim, Gravataí, Ijuí, lajeado, Rio Grande, Santa Maria, Santa Rosa, Santo ângelo, Sapucaia do Sul e Viamão.
Paraná
Em Curitiba , a patrulha, desde que foi criada em março de 2014 com o objetivo de oferecer acompanhamento preventivo, já realizou 1.109 atendimento. O serviço resulta de uma ação integrada da Secretaria Municipal da Mulher e da Guarda Municipal, em parceria com o Tribunal de Justiça do Paraná. (TJ-PR).
A patrulha curitibana é composta por quatro viaturas e 15 guardas municipais que atendem especificamente as chamadas das mulheres vítimas de violência doméstica. A meta é de que , até 2016, pelo menos uma equipe com viatura própria circule em cada uma das regionais de Curitiba.
A patrulha de Curitiba atua a partir de uma escala de prioridade no roteiro de visitas, conforme o grau de vulnerabilidade delas. Em duplas de agentes formadas por um homem e uma mulher, a Guarda Municipal realiza visitas periódicas para acompanhar de perto a situação das mulheres, verificar o cumprimento das medidas, orientar, fazer os encaminhamentos que forem necessários para a rede de atendimento e emitir relatórios sobre os casos.
São Paulo
A patrulha foi batizada de Guardiã Maria da Penha na cidade de São Paulo. O serviço funciona em uma parceria da prefeitura Municipal, por meio das secretarias Municipais de segurança Urbana e de Políticas para as Mulheres, com o grupo de Atuação especial de Enfrentamento a Violência Doméstica do Ministério Público do estado de São Paulo.
O projeto piloto foi desenvolvido no bairro do Bom retiro, na região Central da Capital Paulistana e se expandiu para toda essa região da cidade. A patrulha paulistana é composta de 22 agentes que realizam visitas periódicas as residências das vítimas que estão sob medida protetiva da Justiça.
Desde que foi criada em junho deste ano, a patrulha de São Paulo recebeu 21 casos para acompanhamento na região central da cidade, sendo que três mulheres mudaram de endereço e outras duas foram encaminhadas para abrigos em locais sigilosos. Ou seja, dezesseis mulheres vítimas de violência doméstica recebem periodicamente visitas da Guarda Civil Metropolitana. Até o final de julho , foram realizadas 708 visitas.
fonte: Secretaria de Políticas para as Mulheres.
Lei Maria da Penha.
Patrulhamento especializado monitora cumprimento de medidas protetivas de urgência fazendo visitas regulares as vítimas.
Mulher busca orientação com delegada durante campanha de orientação sobre violência doméstica.
Para fazer cumprir as medidas protetivas solicitadas por vítimas de violência doméstica, começaram a ser implantadas as patrulhas Lei Maria da Penha em diversas cidades do País. O primeiro estado a contar com o serviço foi o Rio Grande do Sul, a partir de 2012. Em São Paulo e Paraná, o patrulhamento especializado começou em 2014.
Além de monitorar o cumprimento das normas penais, com um acolhimento humanizado, as patrulhas realizam um trabalho de prevenção e de combate a violência física, psicológica, sexual, moral e patrimonial contra as mulheres.
Segundo a secretária de Enfrentamento à Violência contra as mulheres da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), Aparecida Gonçalves, " as patrulhas Lei Maria da Penha têm provado que é possível agir e prevenir ao mesmo tempo garantindo segurança cidadã e atendimento humanizado", destaca secretária.
Rio Grande do Sul
A aplicação da Lei Maria da Penha no Rio Grande do Sul é feita por meio da Rede Lilás, que coordena ações com a participação de instituições de acesso à segurança, à saúde, à educação e à assistência social. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP/RS) para o primeiro semestre de 2014, os crimes de lesão corporal, agressão, estupro e femicídios (assassinatos de mulheres) tiveram redução média de 13% no Estado.
Esse índice reflete os resultados do trabalho da Rede Lilás da qual a Patrulha Maria da Penha faz parte, juntamente com as coordenadorias, centros de referência, casas-abrigo. O estado já conta com 16 cidades cobertas pelo serviço, que busca identificar e atender mulheres vítimas de violência.
Contam com o serviço, além de santana do Livramento, Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Caxias do Sul, Charqueadas, Cruz alta, Esteio, Novo Hamburgo, passo Fundo, Pelotas, Porto Alegra (seis patrulhas), Santa Cruz do Sul, Uruguaiana e Vacaria. Até o fim de 2014, serão implantadas em Bagé, Bento Gonçalves, Erechim, Gravataí, Ijuí, lajeado, Rio Grande, Santa Maria, Santa Rosa, Santo ângelo, Sapucaia do Sul e Viamão.
Paraná
Em Curitiba , a patrulha, desde que foi criada em março de 2014 com o objetivo de oferecer acompanhamento preventivo, já realizou 1.109 atendimento. O serviço resulta de uma ação integrada da Secretaria Municipal da Mulher e da Guarda Municipal, em parceria com o Tribunal de Justiça do Paraná. (TJ-PR).
A patrulha curitibana é composta por quatro viaturas e 15 guardas municipais que atendem especificamente as chamadas das mulheres vítimas de violência doméstica. A meta é de que , até 2016, pelo menos uma equipe com viatura própria circule em cada uma das regionais de Curitiba.
A patrulha de Curitiba atua a partir de uma escala de prioridade no roteiro de visitas, conforme o grau de vulnerabilidade delas. Em duplas de agentes formadas por um homem e uma mulher, a Guarda Municipal realiza visitas periódicas para acompanhar de perto a situação das mulheres, verificar o cumprimento das medidas, orientar, fazer os encaminhamentos que forem necessários para a rede de atendimento e emitir relatórios sobre os casos.
São Paulo
A patrulha foi batizada de Guardiã Maria da Penha na cidade de São Paulo. O serviço funciona em uma parceria da prefeitura Municipal, por meio das secretarias Municipais de segurança Urbana e de Políticas para as Mulheres, com o grupo de Atuação especial de Enfrentamento a Violência Doméstica do Ministério Público do estado de São Paulo.
O projeto piloto foi desenvolvido no bairro do Bom retiro, na região Central da Capital Paulistana e se expandiu para toda essa região da cidade. A patrulha paulistana é composta de 22 agentes que realizam visitas periódicas as residências das vítimas que estão sob medida protetiva da Justiça.
Desde que foi criada em junho deste ano, a patrulha de São Paulo recebeu 21 casos para acompanhamento na região central da cidade, sendo que três mulheres mudaram de endereço e outras duas foram encaminhadas para abrigos em locais sigilosos. Ou seja, dezesseis mulheres vítimas de violência doméstica recebem periodicamente visitas da Guarda Civil Metropolitana. Até o final de julho , foram realizadas 708 visitas.
fonte: Secretaria de Políticas para as Mulheres.
quarta-feira, 2 de julho de 2014
Governo lança campanha e aplicativo para coibir violência contra mulheres.
Propaganda na TV terá as atrizes Luana Piovani e Sheron Menezzes.
Aplicativo de celular contém informações instruções para atendimento.
Propaganda na TV terá as atrizes Luana Piovani e Sheron Menezzes.
Aplicativo de celular contém informações instruções para atendimento.
A ministra da Secretaria de Politicas para as mulheres da Presidência da República (SPM-PR), Eleonora Menecucci, lançou no dia 22 de maio a campanha de Violência contra as Mulheres - Eu ligo. A campanha visa incentivar pessoas que presenciarem algum tipo de agressão a fazer as denúncias por meio da central de atendimento, Disque 180. O projeto é idealizado pela SPM, com o apoio dos ministérios das Cidades e Turismo.
No evento, a ministra disse que não é mais possível que a sociedade brasileira fique omissa no combate à violência contra as mulheres. E faz um apelo para que as pessoas denunciem os casos.
"Não é mais possível no Brasil, que nós não tenhamos o compromisso com a eliminação da violência contra as mulheres e crianças, (...) Peço que a sociedade abrace a luta contra a violência contra as mulheres e denuncie," disse a ministra.
Durante o lançamento foi exibido um vídeo publicitário, que começou a ser transmitido no dia 25 de maio, em que as atrizes Luana Piovani e Sheron Menezzes incentivam a população a denunciar nos casos de violência doméstica.
Na ocasião, Eleonora Menicucci, lançou também o aplicativo para celular, Clique 180, uma nova opção para que a sociedade busque informações e possam fazer as denúncias dos casos de agressões presenciados. para a ministra o aplicativo" é o maior passo para luta da violência contra as mulheres."
O aplicativo é fruto de uma parceria entre a ONU Mulheres do Brasil, SPM e a Embaixada Britânica. A ferramenta permite aos usuários obter informações sobre os tipos de violência contra as mulheres; dados e localização dos serviços da rede de Atendimento; explicação com linguagem de fácil compreensão sobre a Lei Maria da Penha; ferramenta colaborativa para mapear os locais das cidades que oferecem risco às mulheres; e um link direito coma central do Disque 180.
De acordo com a SPM, o aplicativo já está disponível nas lojas virtuais dos smartphones com sistemas operacionais, IOS e Android. O Clique 180 está também na internet, no endereço www.clique180.org.br, com as mesmas funções e informações.
A representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, disse que o aplicativo é pioneira na América Latina e pode ser um exemplo para outros países de mecanismos para o combate a violência contra as mulheres.
"O aplicativo chega vai mãos das brasileiras e todas as pessoas. É uma tecnologia pioneira na América Latina e pode incentivar outras nações para combate da violência contra as mulheres".
Para Nadine, a ferramenta virtual vai auxiliar o Disque 180 na orientação das pessoas e denúncias de casos de violência contra mulheres. "O disque 180 e Clique 180 chegarão onde as mulheres precisam de atendimento. O Disque 180 é um canal e um instrumento para que as pessoas podem fazer uso para reconstruir suas vidas. Por meio das novas tecnologias, a criação do Clique 180 será uma ferramenta que vai ajudar o Disque Denúncia".
(fonte: www.g1.globo.com)
Assinar:
Postagens
(
Atom
)