segunda-feira, 30 de setembro de 2013

UNA-SE PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES....

"Existe apenas uma verdade universal, aplicável a todos os países, culturas e comunidades: a violência contra as mulheres nunca é aceitável, nunca é perdoável, nunca é tolerável" diz: Secretário Geral Ban Ki-Moon


Violência contra as mulheres : Situação

O Problema

A violência contra as mulheres assume muitas formas- físicas, sexual, psicológica e econômica. Essas formas de violência se inter-relacionam e afetam as mulheres desde antes do nascimento até a velhice.
Alguns tipos de violência, como tráfico de mulheres, cruzam fronteiras nacionais.

As mulheres que experimentam a violência sofrem uma série de problemas de saúde, e a sua capacidade de participar da vida pública diminui. A violência contra as mulheres prejudica as famílias e comunidades de todas as gerações e reforça outros tipos de violência predominantes na sociedade.

A violência contra as mulheres também empobrecem as mulheres, suas famílias, suas comunidades e seus países.

A violência contra as mulheres não está confinada a uma cultura, uma região ou um país específico, nem a grupos de mulheres em particular dentro de uma sociedade. As raízes da violência contra as mulheres decorrem da discriminação persistente contra as mulheres.

* Cerca de 70% das mulheres sofrem algum tipo de violência no decorrer da vida.

As mulheres de 15 a 44 anos correm mais riscos de sofrer estupro e violência doméstica do que do câncer, acidentes de carro, guerra e malária, de acordo com dados do Banco Mundial.

Violência prática pelo parceiro íntimo. 

A forma mais comum de violência experimentada pelas mulheres em todo o mundo é a violência física praticada por um parceiro íntimo, em que as mulheres são surradas, forçadas a manter relações sexuais, ou abusadas de outro modo.

Um estudo da Organização Mundial da Saúde, (OMS), realizado em 11 países constatou que a porcentagem de mulheres submetidas à violência sexual por um parceiro íntimo varia de 6% no Japão e 59% na Etiópia.

Diversas pesquisas mundiais apontam que metade de todas as mulheres vítimas de homicídios é morta pelo marido ou parceiro, atual ou anterior.

*Na Austrália, no Canadá, em Israel, na África do Sul, e nos Estados Unidos, 40% a 70% das mulheres vítimas de homicídios foram mortas pelos parceiros, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
*Na Colômbia a cada seis dias uma mulher é morta pelo parceiro ou ex- parceiro.

A violência psicológica ou emocional praticada pelos parceiros íntimos também está disseminada.

Violência Sexual

Calcula-se que, em todo o mundo, uma em cada cinco mulheres se tornará uma vítima de estrupo ou tentativa de estupro no decorrer da vida.
A prática do matrimônio precoce- uma forma de violência sexual- é comum em todo mundo, especialmente na África e no Sul da Ásia. As meninas são muitas vezes forçadas a se casar e a manter relações sexuais, o que acarreta riscos para a saúde, inclusive a exposição as HIV/ AIDS e a limitação da frequência à escola.
Um dos efeitos do abuso sexual, é a fístula traumática ginecológica: uma lesão resultante do rompimento severo dos tecidos vaginais, deixando a mulher incontinente e indesejável socialmente.

Violência sexual em conflitos

A violência sexual em conflitos é uma grave atrocidade atual que afeta milhões de pessoas, principalmente mulheres e meninas.
Trata-se, com frequência, de uma estratégia deliberada empregada em larga escala por grupos armados a fim de humilhar os oponentes, aterrorizar as pessoas e destruir as sociedades. Mulheres e meninas também podem ser submetidas à exploração sexual por aqueles que têm a obrigação de protegê-las.

As mulheres, sejam elas avós ou bebês, têm rotineiramente sofrido violento abuso sexual nas mãos de forças militares e rebeldes.
O estupro há muito é usado como tática de guerra, com relatos de violência contra as mulheres durante ou após conflitos armados em todas as zonas de guerra internacionais ou não internacionais.

* Na República Democrática do Congo, aproximadamente 1.100 estupros são relatados todo mês, com uma média de 36 mulheres e meninas estupradas todos os dias. Acredita-se que mais de 200 mil mulheres tenha sofrido violência sexual nesse país desde o início do conflito armado.
* O estupro e a violação sexual de mulheres e meninas permeia o conflito na região de Darfur, no Sudão.
* Entre 250 mil e 500 mil mulheres foram estupradas durante o genocídio de 1994 em Ruanda.
* A violência sexual foi um traço característico da guerra civil que durou 14 anos na Libéria.
* Durante o conflito da Bósnia, no início dos anos de 1990, entre 20 mil e 50 mil mulheres foram estupradas.

Violência e HIV/AIDS

A incapacidade de negociar sexo seguro e de recusar o sexo não desejado está intimamente ligada à alta incidência de HIV/AIDS. O sexo não desejado resulta em maior risco de escoriações e sangramento, o que facilita a transmissão do vírus.
Mulheres que são surradas por seus parceiros estão 48% mais propensas à infecção pelo HIV/AIDS.
As mulheres jovens são particularmente vulneráveis ao sexo forçado e cada vez mais são infectadas com o HIV/AIDS. Mais da metade das novas infecções por HIV em todo o mundo ocorrem entre os jovens de 15 a 24 anos, e mais 60% dos jovens infectados com o vírus nessa faixa etária são mulheres.

Excisão/Mutilação Genital Feminina

A excisão/Mutilação Genital Feminina (E/MGF) refere-se a vários tipos de operações de mutilação realizadas em mulheres e meninas.

* Estima-se que mais de 130 milhões de meninas e mulheres que estão vivas hoje foram submetidas à  E/MGF, sobretudo na África e em alguns países do Oriente Médio.
* Estima-se que 2 milhões de meninas por ano estão sob a ameaça de sofrer mutilação genital.

Assassinato por dote

O assassinato por dote é uma prática brutal, na qual a mulher é assassinada pelo marido ou parentes deste porque a família não pode cumprir as exigências do dote - pagamento feito à família do marido quando do casamento, como um presente à nova família da noiva.
Embora os dotes ou pagamentos semelhantes predominem em todo o mundo, os assassinatos por dote ocorrem sobretudo na África do Sul.

"Homicídios em defesa da honra"

Em muitas sociedades, vítimas de estupro, mulheres suspeitas de praticar sexo pré- matrimonial e mulheres acusadas de adultério têm sido assassinadas por seus parentes, porque a violação da castidade da mulher é considerada uma afronta à honra da família.
O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) estima que o número anual mundial do chamado "homicídio em defesa da honra" pode chegar a 5 mil mulheres.

Tráfico de pessoas

Entre 500 mil e 2 milhões de pessoas são traficadas anualmente em situações incluindo prostituição, mão de obra forçada, escravidão ou servidão, segundo estimativas. Mulheres e meninas respondem por cerca de 80% das vítimas detectadas.

Violência durante a gravidez

A violência antes e durante a gravidez tem graves consequências pra a saúde da mãe e da criança.
Leva a gravidez de alto risco e problemas relacionados a gravidez, incluindo aborto espontâneo, trabalho de parto prematuro e baixo peso ao nascer.
O infanticídio feminino, a seleção pré-natal do sexo e o abono sistemático das meninas estão disseminados no Sul e Leste Asiáticos, no Norte da África e no oriente Médio.

 Discriminação e Violência

Muitas mulheres enfrentam múltiplas formas de discriminação e um risco cada vez maior de violência.

* No Canadá, mulheres indígenas são cinco vezes mais propensas a morrer como resultado da violência do que as outras mulheres da mesma idade.
* Na Europa, América do Norte e Austrália, mais da metade das mulheres portadoras de deficiência sofreram abusos físicos, em comparação a um terço das mulheres sem deficiência.
* A violência contra as mulheres detidas pela policia é comum e inclui violência sexuais em troca de privilégio ou necessidades básicas.

CUSTOS E CONSEQUÊNCIAS

Os custos da violência contra as mulheres são extremamente altos. Compreendem os custos diretos de serviço para o tratamento e apoio às mulheres vítimas de abuso e seus filhos, e para levar os culpados à justiça.
Os custos indiretos incluem a perda de emprego e de produtividade, além dos custos em termos de dor e sofrimento humano.
* O custo de violência doméstica entre casais, somente nos Estados Unidos, ultrapassa os 5,8 bilhões de dólares por ano: 4,1 bilhões de dólares em serviços médicos e cuidados de saúde, enquanto a perda de produtividade totaliza quase 1,8 bilhões de dólares.
* Um estudo realizado em 2004 no Reino Unido estimou que os custos totais, diretos e indiretos, da violência doméstica, incluindo a dor e o sofrimento, chegam a 23 bilhões de libras por ano, ou 440 libras por pessoas.

( Fonte: www.onu.org.br)



quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Saúde da Mulher...

Violência contra a mulher...

"Qualquer ato ou conduta que cause mote, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública quanto na privada, é considerado violência." Esta é a definição prevista na Convenção Interamericana ( também conhecida como Convenção de Belém do Pará)", de 1994, para Prevenir e Erradicar a Violência  contra a Mulher.


Pioneira na luta, de proteção à mulher, a convenção tem como uma de suas principais consequências a Lei Maria da Penha, responsável pela criminalização da violência contra a Mulher desde 2006, já que prevê punições para os agressores.

Número dos Anuários das Mulheres Brasileiras 2011, divulgado pela Secretaria de Politicas para as Mulheres e pelo Dieese, mostram que quatro entre cada dez mulheres brasileiras já foram vítimas de violências domésticas.

Dados da Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) revelam aumento de formalização das denúncias. Os atendimentos da Central subiram de 43.423 em 2006 para 734.000 em 2012, quase dezesseis vezes mais.

A cidadã brasileira conta também com o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, da Presidência da República. Lançado em 2005, o plano traduz em ações o compromisso do Estado de enfrentar a violência contra a mulher e as desigualdades entre gêneros.

Uma dessas ações práticas é o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra a Mulher, criado três anos depois. A iniciativa conta com um investimento de R$ 1 bilhão em projetos de educação, trabalho, saúde, segurança pública e assistência social destinados a mulheres em situação de vulnerabilidade social.

Entre esses projetos do pacto estão:

*Construir, reformar ou equipar 764 serviços da Rede de Atendimento à Mulher;
*Capacitar cerca de 200 mil profissionais nas áreas de educação, assistência social, segurança, saúde e justiça;
*Capacitar três mil Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centros Especializados de Assistência Social (CREAS) para atendimento adequado às mulheres em situação de violência;
*Ampliar o atendimento da Central de Atendimento à Mulher ( Ligue 180 ), dentre outras ações.

Mais serviços:
No site do Ministério da Saúde, é possível consultar os locais de Serviços de Atendimento à Vítima de Violência Sexual, e os Serviços de Atendimento à Vítima de Violência Doméstica em território nacional.

Fonte:( www.brasil.gov.br)