Conhecida como Lei Maria da Penha , a lei 11.340 que recentemente completou 5 anos. A denominação é uma homenagem à biofarmacêutica cearense Maria da Penha Fernandes, mulher que lutou por 20 anos pra ver seu cônjuge violento atrás das grades.Entre as atrocidades que viveu, Maria da Penha acabou ficando paraplégica depois de levar um tiro nas costas enquanto dormia. Ela é uma das milhares de mulheres que. todos os dias,enfrentam a violência dentro de suas próprias casas.
Segundo a defensora Pública Amanda Polastro, do Núcleo Especializado de Proteção e defesa dos Direitos das Mulheres ( Nudem ) a agressão ela começa com um xingamento, depois vai para um empurrão e chega a um tapa.
Muitas mulheres que recorrem a Defensoria Pública para solucionar o problema também desistem, pois o agressor faz promessas de mudanças, nas quais essas mudanças nunca ocorrem. Entretanto, não é preciso muito tempo para o ciclo da violência recomeçar, e a Mulher voltar a Defensoria Pública, para resgatar o processo.
Apesar de a Lei Maria da Penha ter chegado para punir os agressores, ainda falta estrutura para atender as mulheres vítimas de violência. Não há delegacias suficientes, sobretudo em grandes cidades, que funcionem ininterruptamente por 24 horas.Dados do Conselho Nacional de Justiça divulgados em março último demonstram que, de 2006 a julho de 2010, 331.796 processos relacionados a lei maria da Penha foram distribuídos em todo país - desses 110.998 foram sentenciados.
No mesmo período, foram decretadas 52.244 inquéritos policiais e 18.769 ações penais. Mas, não basta prender o agressor: a cadeia não transforma cidadãos violentos em pacificadores.
As mulher precisam quebrar o ciclo de violência e não permitir que a sua dignidade seja jogada na lata do lixo, seja no trabalho, no trânsito, nos transporte públicos ou em casa. A consciência e a educação são dois pilares para mudanças sociais.
fonte:(Jornal Metrô news)
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