THAYS ALMENDRA
Da Redação
Após as novelas "Mulheres Apaixonadas" e "A Favorita", a temática da violência contra a
mulher volta à tona na novela das nove, "Fina Estampa". O conflito acontece entre os
personagens Celeste (Dira Paes) e Baltazar (Alexandre Neto). Ela é agredida diariamente
pelo marido e ainda não teve coragem de denunciá-lo para a polícia. Segundo o autor,
Aguinaldo Silva, em entrevista ao UOL, a novela traz um debate sobre o porquê de as
mulheres não denunciarem os agressores. Ele acredita qua sociedade. A constatação é confirmada pela delegada do 2ª DDM (Delegacia da Mulher de São Paulo), Jordana Rueda Amorim: "Em época de novelas que abordam o tema, o número de denúncias aumenta".
Em 2008, ano em que a novela "A Favorita" foi ao ar com a história das agressões de Léo
(Jackson Antunes) a Catarina (Lilia Cabral), a Central de Atendimento à Mulher registrou
269 mil denúncias, relatos de violência e pedidos de informação em todo o país. A procura
pelo serviço aumentou 32% se comparada com 2007. A informação é da Agência Brasil.
Além disso, mulheres entrevistadas pelo UOL que sofrem com a violência doméstica
contam que a trama serve para encorajá-las.
"A mulher vê o que ela passa na televisão e pode tomar uma iniciativa", diz mulher agredida.
Aguinaldo Silva diz que decidiu abordar o assunto pelo fato de o tema ser mais comum do
que a sociedade pensa e por que muitas mulheres não têm coragem de denunciar. "Eu
resolvi abordar essa temática a partir de um ponto-de-vista que me interessa muito: por que
tantas mulheres que sofrem violência doméstica, mesmo tendo a chance de fazê-lo, não
denunciam nem abandonam o marido? O que me interessa são as personagens, não a
temática: uma relação como essa entre Baltazar e Celeste é muito mais comum do que se
pensa. Por que eles são assim? E de que maneira devem caminhar - juntos ou separados -
para superar esta situação tão difícil? Como a novela deve ser exemplar, terá que mostrar isso".
A novela "Mulheres Apaixonadas" (2003) também marcou época por conta da história de Raquel
(Helena Ranaldi) que apanhava diariamente de Marcos (Dan Stulbach) com uma raquete de tênis.
A audiência da trama tinha uma média de 47 pontos no Ibope. Cada ponto equivale a 58 mil
domicílios na Grande São Paulo. De acordo com Silva, a temática é constante e faz sucesso nas
novelas por estar presente na vida de muitos.
"A sociedade se identifica com assuntos que lhe dizem respeito e mais ainda com os que falam
do seu cotidiano. A violência contra a mulher - não só a física, mas a psíquica, que é igualmente
terrível - está no cotidiano de todos. Não conheço ninguém que não tenha testemunhado,
se envolvido ou participado de uma situação como essa. Por isso é natural que a novela a
inclua em suas tramas".
Já a abordagem do assunto ao longo da novela "Fina Estampa" será feita de forma a
despertar a reflexão sobre a submissão de Celeste perante o marido, e Silva procurará
responder indagações que não são tão óbvias de serem compreendidas na vida real: "Por
que algumas mulheres acabam se tornando cúmplices do marido violento? Que jogo
perverso é esse que acontece entre eles? Que tipo de ajuda levaria Celeste a finalmente
perceber o quanto sua situação é abominável?"
Saiba como denunciar
Se você sofre com algum tipo de violência doméstica, pode denunciar o agressor para a
Central de Atendimento à Mulher, da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) através
do número 180.
Além disso, pode recorrer a Delegacias da Mulher e Centros de Referência de Atendimento
à Mulher em Situação de Violência da região onde mora.
Veja lista abaixo:
Delegacia da Mulher de São Paulo - Capital
CENTRO
1ª Delegacia de Defesa da Mulher
Rua Doutor Bittencourt Rodrigues, 200 - Centro
0/xx/11 3241-3328
REGIÃO NORTE
4ª Delegacia de Defesa da Mulher - Junto ao 28º DP
Av Itaberaba, 731 - Freguesia do Ó
0/xx/11 3976-2908
REGIÃO SUL
6ª Delegacia de Defesa da Mulher
Rua Sargento Manoel Barbosa da Silva, 115 - Jd. Anhanguera/Santo Amaro
0/xx/11 5686-1895
2ª Delegacia de Defesa da Mulher - Junto ao 16º DP
Av Onze de Julho, 89 - 2º andar - Vila Clementino
0/xx/11 5084-2579
REGIÃO LESTE
5ª Delegacia de Defesa da Mulher
Rua Dr. Corintho Baldoíno Costa, 400 - Vl. Zilda (Próximo ao metrô Carrão)
0/xx/11 2293-3816
8ª Delegacia de Defesa da Mulher - São Mateus - Junto ao 66° DP
Av Osvaldo Valle Cordeiro, 190 Jd. Brasília
0/xx/11 26742-1701
7ª Delegacia de Defesa da Mulher - Junto ao 32º DP
Rua Sábbado D?Angelo, 64 - Itaquera
0/xx/11 2071-3488
REGIÃO OESTE
3ª Delegacia de Defesa da Mulher - Junto ao 93º DP
Av Corifeu de Azevedo Marques, 4300 - 2º andar - Vila Lageado
0/xx/11 3768-4664
9ª Delegacia de Defesa da Mulher - Junto ao 87º DP
Av Menotti Laudisio, 286 (antigo n0 50) - Pirituba
0/xx/11 3974-8890
Centros de Atendimento à Mulher em Situação de Violência
Centro de Cidadania da Mulher 25 de Março - São Paulo
Endereço: Rua 25 de Março, nº 205 - Bairro: Centro
Cep: 01021-000
Município: São Paulo
Telefone: 0/xx/11 3106-1100
E-mail: zmz@usp.br
Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência "Vem Maria" -
Santo André
Endereço: Rua João Fernandes, 118 - Bairro: Jardim
Município: Santo André
Telefone: 0/xx/11 4992-3410 e 4992-2936
Centro de Referência e Apoio à Mulher - São Bernardo
Endereço: Rua Dr. Fláquer, 208
Bairro: CENTRO CEP: 09710-180
Telefone: 0/xx/11 4125-9485
Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) - Presidente Prudente
Endereço: Avenida Washington Luis, nº 1607 1º andar - Bairro: Centro
Cep: 19010-090
Município: Presidente Prudente
Telefone: 0/xx/18 3221-9399 Fax: 0/xx/18 3222-4696
E-mail: creas@recriaprudente.org.br
Centro de Referência de Atendimento à Mulher - Casa das Rosas, Margaridas e Beths
Endereço: Rua Francisco Antonio de Miranda, nº 66 - Bairro: Centro
Cep: 07095-090
Município:Guarulhos
Telefone: 0/xx/11 2441-0019
e-mail: coordenadoriadamulher@guarulhos.sp.gov.br
Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) Casa Brasilândia - São Paulo
Endereço: Rua Silvio Bueno Peruche, nº 538 - Bairro:Parque Tietê / Vila Brasilândia
Cep: 02871-050
Município: São Paulo
Telefone: 0/xx/113984-9816
E-mail: casabrasilandia@ig.com.br
Faça você também parte dessa luta denúncie.
( fonte:www.agenciapatriciagalvao.org.br)
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Justiça Pedagógica
Aplicação da Lei Maria da Penha a participantes do Rodeio das Gordas mostra que punição pode ser um processo pedagógico
O Ministério Público usou a Lei Maria da Penha para estabelecer um Termo de Compromisso de
Ajustamento de Conduta (TAC) com dois jovens que participaram do “Rodeio das Gordas". A ação
é resultado do inquérito instaurado em outubro de 2010 para apurar a competição criada informalmente
entre os campi da Universidade Estadual Paulista, onde estudantes eram abordadas por colegas
homens, que tinham como objetivo agarrá-las e “montá-las” durante o maior tempo possível.
A perversão da agressão é chocante. O fato de que tenha acontecido no ambiente universitário
consegue tornar o episódio ainda mais assustador. Além da violência em si, revela preconceitos de
toda ordem misturando desrespeito às mulheres com estereótipos relacionados ao tipo físico.
O caso evoca uma série de elementos comuns em situações semelhantes. A atuação em grupo parece
deixar as pessoas mais confortáveis para a prática do abuso. Esse parece mais legítimo quando
praticado coletivamente. A divulgação das imagens na internet, ao mesmo tempo em que dá
visibilidade imediata ao acontecido, reduz a responsabilização, já que ganha cúmplices instantâneos
em seus espectadores. Para as vítimas, é uma forma de perpetuar sua humilhação.
Imediatamente após ser divulgado, o caso gerou uma onda de reações. A universidade não se absteve
e criou uma comissão para apurar as agressões, O Ministério Público instaurou um inquérito civil e a
comunidade discente se mobilizou, deixando claro que não compactuava com a atitude.
Esse tipo de intolerância positiva é um atalho importante para a prevenção e combate de violências
alimentadas pelo preconceito. A coerção social amparada pela Justiça manda uma mensagem clara
dos nossos limites.
Quando casos de homofobia, racismo ou mesmo outros tipos de agressões contra a mulher são
aceitos socialmente ou pelo menos tolerados, estamos inspirando a Justiça a ser menos enfática.
O caso também mostra como a aplicação da lei pode ser um processo pedagógico e não mera
punição. De acordo com o TAC assinado, os jovens vão responder por dano moral coletivo e terão de
pagar uma indenização de 20 salários mínimos cada um a três instituições dedicadas à prevenção e ao
combate da violência de gênero e à dependência química.
Justiça Pedagógica - Paula Miraglia - ig
Fonte: (www.ig.com.br)
O Ministério Público usou a Lei Maria da Penha para estabelecer um Termo de Compromisso de
Ajustamento de Conduta (TAC) com dois jovens que participaram do “Rodeio das Gordas". A ação
é resultado do inquérito instaurado em outubro de 2010 para apurar a competição criada informalmente
entre os campi da Universidade Estadual Paulista, onde estudantes eram abordadas por colegas
homens, que tinham como objetivo agarrá-las e “montá-las” durante o maior tempo possível.
A perversão da agressão é chocante. O fato de que tenha acontecido no ambiente universitário
consegue tornar o episódio ainda mais assustador. Além da violência em si, revela preconceitos de
toda ordem misturando desrespeito às mulheres com estereótipos relacionados ao tipo físico.
O caso evoca uma série de elementos comuns em situações semelhantes. A atuação em grupo parece
deixar as pessoas mais confortáveis para a prática do abuso. Esse parece mais legítimo quando
praticado coletivamente. A divulgação das imagens na internet, ao mesmo tempo em que dá
visibilidade imediata ao acontecido, reduz a responsabilização, já que ganha cúmplices instantâneos
em seus espectadores. Para as vítimas, é uma forma de perpetuar sua humilhação.
Imediatamente após ser divulgado, o caso gerou uma onda de reações. A universidade não se absteve
e criou uma comissão para apurar as agressões, O Ministério Público instaurou um inquérito civil e a
comunidade discente se mobilizou, deixando claro que não compactuava com a atitude.
Esse tipo de intolerância positiva é um atalho importante para a prevenção e combate de violências
alimentadas pelo preconceito. A coerção social amparada pela Justiça manda uma mensagem clara
dos nossos limites.
Quando casos de homofobia, racismo ou mesmo outros tipos de agressões contra a mulher são
aceitos socialmente ou pelo menos tolerados, estamos inspirando a Justiça a ser menos enfática.
O caso também mostra como a aplicação da lei pode ser um processo pedagógico e não mera
punição. De acordo com o TAC assinado, os jovens vão responder por dano moral coletivo e terão de
pagar uma indenização de 20 salários mínimos cada um a três instituições dedicadas à prevenção e ao
combate da violência de gênero e à dependência química.
Justiça Pedagógica - Paula Miraglia - ig
Fonte: (www.ig.com.br)
terça-feira, 6 de setembro de 2011
ONU faz concurso de camiseta pelo fim da violência contra mulher
A Organização das Nações Unidas (ONU) está lançando um concurso que pretende incentivar homens do mundo inteiro a criarem designs de camisetas retratando os conceitos de respeito e igualdade para as mulheres. O concurso, promovido pela Campanha “Una-se pelo fim da violência contra as mulheres”, da ONU, segue com inscrições abertas até o dia 21 de setembro.
Serão escolhidos um total de seis vencedores, onde cinco deles serão eleitos por uma comissão julgadora do mundo inteiro, e um vencedor nomeado por voto popular. O resultado será anunciado no dia 31 de outubro, e os escolhidos viajarão, no dia 22 de novembro de 2011, para Nova York (EUA), onde receberão prêmios e participarão do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher, na sede da ONU.
Para participar, os homens interessados precisam ter entre 18 e 25 anos, e encaminhar a sua criação para o sitehttp://unitetshirtcompetition.org/ , com formulário de inscrição.
FONTE: Portal Linha Direta
Serão escolhidos um total de seis vencedores, onde cinco deles serão eleitos por uma comissão julgadora do mundo inteiro, e um vencedor nomeado por voto popular. O resultado será anunciado no dia 31 de outubro, e os escolhidos viajarão, no dia 22 de novembro de 2011, para Nova York (EUA), onde receberão prêmios e participarão do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher, na sede da ONU.
Para participar, os homens interessados precisam ter entre 18 e 25 anos, e encaminhar a sua criação para o sitehttp://unitetshirtcompetition.org/ , com formulário de inscrição.
FONTE: Portal Linha Direta
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