Atitude frente à violência contra a Mulher....
Violência contra mulher é o problema que mais preocupa homens e mulheres....
O Instituto Patrícia Galvão promoveu uma pesquisa inédita sobre violência contra mulher. Realizado pelo Ibope Opinião em setembro de 2004 com uma mostra representativa da população adulta brasileira,o trabalho contou com o apoio da fundação Ford.
Principais Resultados
A partir de uma lista de problemas, homens e mulheres reconhecem que a violência contra a mulher tanto dentro,como fora de casa é o problema que mais preocupa a brasileira na atualidade.
* 30% apontam a violência contra a mulher dentro e fora de casa em primeiro lugar, na frente de uma série de outros problemas,como cancêr de mama e de útero (17%) e Aids (10%).Os indicadores de preocupação com a questão da violência não mostram diferenças entre os sexos,tampouco na maioria das variáveis estudadas. Isto é, trata-se de um problema amplamente difundido no conjunto da sociedade.
*91% dos brasileiros consideram muito grave o fato de mulheres serem agredidas por maridos e companheiros. As mulheres são mais enfáticas (94 %) , mais ainda sim as grande maioria dos homens (88%) concorda com a alta gravidade do problema.
* A percepção da gravidade da violência contra a mulher se confirma com 90% dos brasileiros considerando que o agressor deveria ser processado judicialmente e encaminhado para a reeducação. No entanto, o contraste entre a quase unanimidade dessas opiniões e a realidade das mulheres é gritante. São poucos os casos que a processo e escassa, as instituições que lidam com a reeducação do agressor.
* A ideia que a mulher deve aguentar agressões em nome da estabilidade familiar é claramente rejeitada pelo entrevistados (86%) , assim como o chavão em relação ao agressor:" ele bate, mas ruim com ele, pior sem ele", que é rejeitado por 80% dos entrevistados.
* Com relação ao chavão conformista "ele bate, mas ruim com ele, pior sem ele ", há diferenças significativas e culturalmente relevantes: as mulheres (83%) tendem a rejeitar mais do que os homens (76%) os mais jovens (83%) mais do que os velhos (68%).
* Em uma pergunta que pede um posicionamento mais próximo daquilo que o entrevistado pensa, 82% responderam que "não existe nenhuma situação que justifique a agressão do homem a sua mulher."Em contra partida, 16% (a maioria homens) conseguem imaginar situações em que há essa possibilidade. Observa-se que 19% dos homens admitem a agressão, assim como 13% das mulheres.
* Homens e mulheres fazem o mesmo diagnóstico: 81% dos entrevistados apontam o uso de bebidas alcoólicas mais provoca a violência contra a mulher: em segundo lugar ,mencionadas por 63% dos entrevistados,vêm as situações de ciúmes em relação a companheira ou mulher.
Menos importantes, mas citadas por três em cada dez entrevistados, vêm as questões econômicas: desemprego (37%) e problemas com dinheiro (31%). 13% citam a eventualidade de falta de comida em casa e 14% , dificuldades no trabalho.
* É opinião geral, em todos os segmentos da amostra , que os mais prejudicados nas situações de violência doméstica são os filhos do casal: assim pensam 63% dos entrevistados. 14% das mulheres dizem que elas perdem mais e 16% dos homens se reconhecem como os maiores perdedores . O que esses números sugerem é que todos perdem quando há violência na casa.Trata-se de um flagelo e uma epidemia que atinge a todos.
(matéria do instituto Patrícia Galvão)
(site:www.violenciamulher.org.br)
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