quarta-feira, 10 de dezembro de 2014


















ENDEREÇOS DE INSTITUIÇÕES DAS REDES DE PROTEÇÃO ÀS MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA OU FAMILIAR.

SÃO PAULO CENTRO:

COORDENADORIA DA MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DO PODER JUDICIÁRIO - COMESP

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
Fórum João Mendes Junior - Praça Dr. João Mendes, s/n - 17° andar -sala 1705 - Centro - São Paulo - SP
Fone: (0XX11) 2171-4807 ou fone/fax: (11) 3104-5521

CENTRO DE REFERÊNCIA DA MULHER 25 DE MARÇO

Rua 25 de março, n°205
Fone: (0XX11) 3106-1100

CISM- CENTRO DE INTEGRAÇÃO SOCIAL DA MULHER

Rua dos Estudantes, n° 279/ 281 - Centro
Fone: (0XX11) 3271-7099

NUDEM- NÚCLEO DE PROMOÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS DA MULHER

Rua Boa Vista, n°103- 10° andar - Centro - Sé
Fone: (0XX11) 3101-0155 (ramais 233/ 288)

1°DELEGACIA DE POLÍCIA DE DEFESA DA MULHER - CENTRO

Rua Dr. Bittencourt Rodrigues, n°200- Sé - CEP : 01017-010
Fones: (0XX11) 3241-3328 / 3119-0253 / 3241-2263 / 3105-3920

CAE -CASA DE APOIO MARIA MARIA -REGIÃO CENTRAL

Rua Comendador Nestor Pereira, n°77 - Pari
Fone: (0XX11) 3316-6067

HOSPITAL PÉROLA BYNGTON - LIBERDADE  CENTRO DE REFERÊNCIA DA SAÚDE DA MULHER

Núcleo de Atenção Integral à Mulher em situação de violência sexual - AVS
Entre as principais ações disponíveis se destacam:

*  prevenção da gravidez decorrente da violência sexual
* prevenção de infecção pelo HIV
*  prevenção de doenças sexualmente transmissível não virais
*  prevenção da hepatite B
*  tratamento de traumatismo genitais
*  atendimento psicológico
*  atendimento social
*  atendimento de solicitações de abortamento por gravidez decorrente de estupro, conforme previsto no inciso IIdo artigo 128 do Código Penal Brasileiro.

As situações de violência sexual que necessitam de atendimento de emergência recebem atenção no Serviço de pronto atendimento da Instituição, disponível 24 horas , todos os dias da semana, incluindo- se feriados.

Avenida Brigadeiro Luís Antonio, n°683 - Bela Vista - Liberdade
Fone: (0XX11) 3242-8000

HOSPITAL SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL -HSPM - ACLIMAÇÃO

Hospital que atende casos se violência sexual
Hospital que realiza aborto previsto por lei (aborto legal)
Realiza primeiro atendimento, colhe exames, fornece medicação ( pílula do dia seguinte e profilaxia de DST /Aids, faz seguimento e realiza aborto previsto por leis nos casos indicados.

Rua Castro Alves, n° 60 - 3°andar - Aclimação- São Paulo
Fone: (0XX11) 3208-2211

DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO- REGIÃO CENTRAL

Avenida liberdade, n° 32 - Liberdade
Fone: (0XX11) 3105-5799




SÃO PAULO - ZONA LESTE


CAE- CASA DE MARTA E MARIA

Rua Catumbi, n°427 - Belém
Fone: (0XX11) 5549-9339/ 5549-0335

HOSPITAL MUNICIPAL DR. CÁRMINO CARICCHIO -TATUAPÉ

Realiza o primeiro atendimento e realiza aborto previsto por lei nos casos indicados

Avenida Celso Garcia, 4815- Tatuapé São Paulo
Fone: (0XX11) 2091-5320/ 2091-7000

5° DELEGACIA DE POLÍCIA DE DEFESA DA MULHER- LESTE- TATUAPÉ

Rua Dr. Coryntho Baldoíno Costa, 400 - Tatuapé São Paulo - SP- CEP: 03069-070
Fone: (0XX11)2091-5320/ 2091-7000


GEVID- GRUPO DE ATUAÇÃO ESPECIAL  DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - NÚCLEO LESTE 1 - PENHA DE FRANÇA E TATUAPÉ.

Fórum Penha de França
Rua Dr. João Ribeiro, 433 - Penha de França - São Paulo- SP - CEP: 03634-010
Fone: (0XX11) 2294- 7425

HOSPITAL MUNICIPAL DR. ALEXANDRE ZAIO- VILA NHOCUNÉ- VILA MATILDE.

HOSPITAL MUNICIPAL DR. ALEXANDRE ZAIO
Hospital que atende casos de violência sexual Realiza primeiro atendimento, colhe exames, fornece medicação (pílula do dia seguinte e profilaxia de DST/Aids).

Rua Alvez Maldonado, 128 - V. Nhocuné CEP: 03634-010
Fone: (0XX11) 2749-0833/ 2749-2855 / 2091-7000

CENTRO DE CIDADANIA DA MULHER DE ITAQUERA

Rua Ibiajara, n°495 - Itaquera
Fone: (XX11) 2073-5706 / 2073-4863

HOSPITAL MUNICIPA TIDE SETUBAL - SÃO MIGUEL PAULISTA

Hospital que realiza aborto previsto por lei (aborto legal)
Rua Dr. José Guilherme Eiras, 123 - Vila Dr. Eiras- São Paulo- SP  08010-220
Fone: (XX11) 2297-0022

GEVID- GRUPO DE ATUAÇÃO ESPECIAL DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - NÚCLEO LESTE 2 - ITAQUERA E SÃO MIGUEL PAULISTA.

Fórum São Miguel Paulista
Avenida Afonso Lopes de Baião, n° 1.736 1° andar- sala 107- Vila Carolina
Fone: (XX11) 2054-1013

7° DELEGACIA DE POLÍCIA DE DEFESA DA MULHER - SÃO MIGUEL PAULISTA /LESTE.

Rua Sábbado D'Angelo, n°46- Itaquera - CEP : 08040-620
Fone: (XX11) 2071-3488/ 2071-4707

CASA VIVIANE DOS SANTOS

Rua José Teixeira, n°87 - Lajeado
Fone: (XX11) 2553-2424

CASA DE ISABEL

Rua Professor Zeferino Ferraz, n° 486 - Itaim Paulista

CASA CIDINHA KOPCAK

Rua Margarida Cardoso dos Santos, n°500 - São Mateus
Fone: (XX11) 2015-4195

8° DELEGACIA DE POLÍCIA DE DEFESA DA MULHER- SÃO MATEUS- LESTE

Avenida Itaquera n° 3604 - Jardim Maringá - São Paulo -SP
Fone: (XX11) 2742-1701/ 2743-3288

CASA SER DORINHA

Rua Guilherme de Abreu Sodré, n°485 - Cidade Tiradentes
Fone: (XX11) 2555-7090





SÃO PAULO - ZONA NORTE.

CASA BRASILÂNDIA

Rua Silva Bueno Peruche, n°538 - Vila Brasilândia
Fone: (XX11) 3983-4294/ 3984-9816

4°DELEGACIA DE POLÍCIA DE DEFESA DA MULHER

Avenida Itaberaba, n°731- 1° andar- Freguesia do Ô - CEP: 02734-000
Fone: (XX11) 3976-2908/ 3975-2181

H.M. E MATERNIDADE - ESCOLA DR. MÁRIO DE M.A. SILVA- VILA NOVA CACHOEIRINHA- LIMÃO

Hospital que atende caso de violência sexual
Hospital que realiza aborto previsto por lei (aborto legal)
Realiza primeiro atendimento , colhe exames, fornece medicação (pílula do dia seguinte e profilaxia de DST/Aids) faz seguimento e realiza aborto previsto por lei nos casos indicados.

Avenida Deputado Emílio Carlos, n° 3100 - Limão - São Paulo - SP - CEP: 02720- 200
Fone: (XX11) 3859-4122/ 3859-4022

GEVID- GRUPO DE ATUAÇÃO ESPECIAL DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - CAPITAL- NÚCLEO NORTE - SANTANA E NOSSA SENHORA DO Ó.

Fórum de Santana
Avenida Engenheiro Caetano Álvares, n° 594 - 3° andar -sala 377- Limão
Fone: (XX11) 3858-6122

CISM II - CENTRO DE INTEGRAÇÃO SOCIAL DA MULHER II

Rua Ferreira de Almeida, n°  23- Casa Verde
Fone:(XX11) 3858-8279




SÃO PAULO- ZONA OESTE

HOSPITAL MUNICIPAL PROF. MÁRIO DEGNI - JARDIM SARAH - BUTANTÃ

Hospital que atende caso de violência sexual
Hospital que realiza aborto previsto por lei (aborto legal)
Realiza primeiro atendimento, colhe exames, fornece medicação (pílula do dia seguinte e profilaxia de DST/ Aids) faz seguimento e realiza aborto previsto por lei nos casos indicados.

Rua Lucas de Leyde, n° 257 - Rio Pequeno - São Paulo
Fone: (XX11) 3768-4900

GEVID- GRUPO DE ATUAÇÃO ESPECIAL DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA- NÚCLEO OESTE- BUTANTÃ, LAPA E PINHEIROS.

Fórum do Butantã
Avenida Corifeu de Azevedo Marquês, n° 148/150 - 1° andar - sala 107 - Butantã
Fone: (XX11) 3721-0946 

DEFENSORIA PÚBLICA DA VÍTIMA NA VARA DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.

Rua Abraão Ribeiro, n° 313 - 1° andar - R.6 - sala 550- Barra Funda
Fone: (XX11) 3721-0946




SÃO PAULO - ZONA SUL 

CASA ELIANE DE GRAMMONT

Rua Dr. Bacelar, n°20 - Vila Clementino
Fone: (XX11) 5549-9339/ 5549-0335

2° DELEGACIA DE POLÍCIA DE DEFESA DA MULHER - SUL

Avenida Onze de Junho, n°89 - Vila Clementino - CEP: 04041- 050
Fone: (XX11) 5084- 2579/ 5081-5204

GEVID- GRUPO DE ATUAÇÃO ESPECIAL DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - NÚCLEO SUL - JABAQUARA, IPIRANGA E VILA PRUDENTE

Fórum da Vila Prudente
Avenida Sapopemba, n° 3740 - 1° andar - sala 118 - Vila Ivone
Fone: (XX11) 2154-2514/ 2154- 6922

HOSPITAL MUNICIPAL DR. FERNANDO MAURO PIRES DA ROCHA - CAMPO LIMPO.

Hospital que atende casos de violência sexual
Hospital que realizam aborto previsto por lei (aborto legal)
Realizam primeiro atendimento, colhe exames, fornece medicação (pílula do dia seguinte e profilaxia de DST/ Aids), faz seguimento e realiza aborto previsto por lei nos casos indicados.

Estrada de Itapecerica, n° 1661 - Vila Maracanã - São Paulo -SP
Fone: (XX11) 5519-5800/ 5512- 7650

CENTRO DA CIDADANIA DA MULHER DE SANTO AMARO

Rua Mário Lopes, n°240 - Santo Amaro
Fone: (XX11) 5549-9339/ 5549-0335

CA -REENCONTRO

Rua Promotor Gabriel Nettuzi Periz, n° 81 - Santo Amaro
Fone: (XX11) 5523-8546

6° DELEGACIA DE POLÍCIA DE DEFESA DA MULHER -SANTO AMARO SUL

Rua Sargento Manoel Barbosa da Silva, n° 115- Campo Grande
Fone:(XX11) 5521-6068/ 5523-5479

HOSPITAL MUNICIPAL DR. ARTHUR RIBEIRO SABOYA - JABAQUARA

Hospital que atende casos de violência sexual
Hospital que realiza aborto previsto por lei (aborto legal)
Realiza primeiro atendimento, colhe exames, fornece medicação (pílula do dia seguinte e profilaxia de DST/ Aids) faz seguimentos e realiza aborto previsto por lei nos casos indicados.

Avenida Francisco de Paula Quintanilha Ribeiro, n° 860 - Jabaquara - SP
Fone: (XX11) 5013-5300

CASA SOFIA

Rua Dr. Luiz Fernando Ferreira, n°6 - Jardim Dionísio
Fone: (XX11) 0800-770-3053/ 5831-3053

CENTRO DE CIDADANIA DA MULHER DA CAPELA DO SOCORRO

Rua Professor Oscar Barreto Filho, n° 350- Parque América - Grajaú
Fone: (XX11) 0800-770-3053/ 5831-3053

CENTRO DE CIDADANIA DA MULHER DE PARELHEIROS

Rua Terezinha do Prado de Oliveira, n° 119 - Jardim Novo Mundo - Parelheiros
Fone: (XX11) 5921-3935

GEVID- GRUPO DE ATUAÇÃO ESPECIAL DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - NÚCLEO SUL 2 - SANTO AMARO E PARELHEIROS.

Fórum do Butantã
Avenida Corifeu de Azevedo Marques, n° 150 - 1° andar - sala 107- Butantã
Fone: (XX11) 3721-0946

fonte: (www.plp20.org.br)










Desde 2012, USP teve 9 denúncias de violência sexual contra mulheres.
Dados da Guarda Universitária incluem 3 tentativas de estupro.
No programa SOS Mulher, 2 casos de estupro foram registrados em 3 anos.

Ana Carolina Moreno
Do G1, em São Paulo



Um levantamento feito pela Guarda da Universidade de São Paulo (USP) mostra que apenas 9 denúncias de violência sexual contra mulheres foram registradas no órgão entre janeiro de 2012 e novembro de 2014. Já a Superintendência de Assistência Social da USP (SAS) afirmou que, entre o ano de 2011 e o início de setembro deste ano, registrou uma média anual de sete casos de violência contra mulheres no campus da Cidade Universitária, na Zona Oeste de São Paulo. Pela Guarda, no período analisado três denúncias de tentativa de estupro contra  mulheres nas dependências da USP foram registradas oficialmente.
Já o SOS Mulher teve duas denúncias de estupro consumado desde 2011. Os dados mostram que a universidade já conta com órgão separados de recebimento de denúncias e atendimentos assistencial ás mulheres, mas, sem integração entre ambos e comunicação com o público, na prática, as mulheres que estudam e trabalham na Cidade Universitária não conhecem e não utilizam o serviço.

Dos nove casos relatados à Guarda Universitária, seis tiveram como vítimas mulheres estudantes, dois foram contra prestadoras de serviço e um aconteceu com uma servidora. A maioria deles aconteceu nas ruas da Cidade Universitária ou na Praça do relógio, mas dois casos registrados ocorreram dentro de edifícios do campus. Além dos três casos de tentativa de estupro, houve três casos de conduta inconveniente, um de conduta atípica que configurou violência de cunho sexual, e dois foram registrados como atos obscenos.

Segundo a SAS, os dois casos de denúncia de estupro foram contra alunas que não eram moradoras do Conjunto Residencial da USP (Crusp). "Para garantir o sigilo da identidade dos envolvidos", a SAS não divulgou a informação de se os suspeitos também estudam ou trabalham na instituição. Também não foram informadas as unidades onde ocorreram os casos..

"Quando as vítimas procuram o projeto SOS Mulher, da Divisão de Promoção Social da SAS, são orientadas a ir até a delegacia e registrar um Boletim de Ocorrência. Assistentes Sociais e Psicólogas as acompanham até a Delegacia da Mulher, e Hospital, além de oferecer suporte psicológico, médico e financeiro (se for o caso) para proteção e recuperação da vítima. São tomadas as providencias protocolares pertinentes em situações dessa natureza", informou a superintendência , por e-mail. "A SAS só pode tomar as providências já descritas ou abrir sindicância se procurada pela vítima e /ou pela Unidade de Ensino a qual pertence", esclarece o órgão.

No caso da Guarda Universitária, as estatísticas são reunidas também quando o órgão é procurado pelas vítimas, e elas levam em conta a descrição oficial dos boletins de ocorrência feitos na polícia. Por isso, há denúncias que acabam não entrando na lista. É o exemplo da estudante da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), que desde março começou a receber ameaças em bilhetes e anônimos e, em agosto, sofreu um tentativa de estupro dentro do campus. O caso dela foi registrado na polícia como lesão corporal e constrangimento ilegal e, apesar de ela ter sido atendida pela Guarda Universitária, a agressão relatada pela aluna não entrou na lista de casos de violência sexual contra mulheres.

Segundo a professora Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer, superintendente de Prevenção e Proteção Universitária, que assumiu o cargo em janeiro deste ano, ela ainda não tem contato suficiente com o programa SOS Mulher para que o serviço oferecido seja divulgado pelos guardas no momento do atendimento ás vítimas.

O G1 questionou a SAS se o caso da estudante da FFLCH foi notificado ao SOS Mulher, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem.


Centralização dos casos de abuso

Na terça-feira (9), o reitor da USP, Marco Antonio Zago, anunciou medidas para centralizar o recebimento de denúncias de abusos na Comissão de Direitos Humanos da universidade. Ainda nesta terça-feira, um grupo de membros da comissão e representantes de outros órgãos se reuniu para estudar a criação de um centro de acolhimento de denúncias e atendimento às vítimas.

À tarde, Ana Lúcia e Heloísa Buarque de Almeida, coordenadora do programa USP Diversidade, que participaram da reunião, defenderam que a universidade atue de forma concreta para que mais estudantes possam se sentir confortáveis em denunciar casos de violência. Segundo elas, isso significa ter um órgão "suprunidades", que não dependa de decisões de diretores de unidade ou pró-reitores, e possa ter independência para investigar casos.

Em entrevista ao G1 na noite desta terça, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da USP, José Gregori, que coordena as reuniões sobre a centralização do tratamento dos casos de abuso na universidade, afirmou que a ideia é que os vários interlocutores de setores da USP que lidam com o problema continuem se reunindo, inclusive durante as férias, para a elaboração de uma "política de médio e longo prazo", para tratar sobre o tema. entre os assuntos que serão abordados pelo grupo está a questão dos abusos durante os trotes universitários.

Ambiente que respeita as pessoas

"A gente tem que ver se a gente é capaz de construir um ambiente que respeita as pessoas", disse Heloísa, durante seminário sobre a relação da Guarda Universitária com os casos de violência de gênero, raça e outros fatores sociais. "A universidade tem que ter sim um posicionamento. Essas denúncias explodiram agora porque temos cada vez mais coletivos feministas e LGBT. Foi preciso fazer um escândalo para fazer com que a Reitoria tomasse consciência", disse ela.

Um fator pode aumentar a transparência dos casos de abuso, segundo Heloísa, é que o órgão a ser criado pela Comissão de Direitos Humanos aceite denúncias anônimas. "Fas parte do atendimento, não é só a vítima que tem que se expor."

Segundo a professora Ana Lúcia, além da política a médio e longo prazo, "é urgente, é para ontem, ter um centro de atendimento que não seja abstrato". Ela disse ao G1 que as vítimas de violência precisam ter um serviço que receba as denúncias e, além disso, ofereça orientações sobre o que fazer e como buscar ajuda.

Pesquisadora de antropologia, Ana Lúcia explicou, no seminário, que há muito motivos para que vítimas de abusos não relatem o que sofreram e busquem apoio. Para facilitar a aproximação entre essas vítimas e a universidade, ela defende que o órgão responsável por centralizar os casos de abusos seja o mais independente possível. "A ideia é que seja ligado à direção central, independente, supraunidade, sem vínculo com uma pessoa ou uma gestão. Uma instância permanente, com papel de continuidade independente de quem seja o reitor."

fonte:( http://g1.globo.com)



segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Friburgo, RJ, participa de campanha pelo fim da violência contra a mulher.

Ações na cidade começam no dia 2 de dezembro.
Palestras em diferentes bairros fazem parte da programação.

O Centro de referência da Mulher (Crem) de Nova Friburgo, Região Serrana do Rio, participará da campanha "16 dias de ativismo pelo fim da violência doméstica e familiar contra a mulher", entre os dias 2 e 9 de dezembro, dentro do período oficial da campanha, que terá início em 25 de novembro - Dia Internacional de Não Violência Contra a Mulher.

Essa campanha é uma homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, que se posicionaram contrárias ao ditador Trujillo, ficando conhecidas como "Las Mariposas". Por isso, elas foram assassinadas em 1960, na República Dominicana.

Os 16 dias de ativismo acontecem atualmente em 159 países, e o dia 10 de dezembro, quando se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos, é a sua culminância. de acordo com a coordenadora do Crem, Rosângela Cassano, esse ano, as atividades serão concentradas nos bairros Centro e Olaria, diante das estatísticas de atendimento de 2014, que demonstraram maior número de pessoas assistidas nesses bairros.

No dia 2, será realizada palestra no Centro de Referência e Assistência Social (Cras) de conselheiro Paulino, ás 14h. No dia 3, a palestra será no Cras do Centro, á 10hs, e no Cras de São Lourenço, ás 14h. No dia 4, será realizada palestra no Cras de Olaria, ás 14h, e no dia 9 de dezembro, o Crem estará prestando esclarecimentos sobre os serviços que presta às mulheres , na Rodoviária de Integração, na Praça Getúlio Vargas, das 11h as 15h.

O período escolhido para a Campanha é bastante simbólico, já que se inicia no dia 25 de novembro- declarado como Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres - e termina no dia 10 de dezembro - Dia Internacional dos Direitos Humanos. Desta forma, é feita uma vinculação entre a luta pela não violência contra as mulheres e a defesa dos direitos humanos.

Hoje, 159 países desenvolvem esta Campanha. No Brasil, a campanha é realizada desde 2003 por meio de ações de mobilização e esclarecimento sobre o tema. Uma das ações mais significativas da campanha acontece no dia 6 de dezembro, proclamado como Dia da Mobilização de Homens pelo Fim da Violência contra a mulher.

Esse dia lembra o massacre de 14 mulheres , estudantes de engenharia da Escola Politécnica de Montreal - Canadá - praticado em 1989, por um homem que discordava que mulheres pudessem ter acesso a cursos de engenharia. "Nessa data, são distribuídos laços brancos aos homens para que, ao aceitar usá-los, eles se posicionem contra todas as formas de violência contra a mulher", afirma Rosângela.

Em Nova Friburgo, o Crem é o espaço de atendimento psicológico, social e jurídico à mulher em situação de violência. É responsável por articular os serviços que, direta ou indiretamente, contribuem para o fortalecimento da mulher.


fonte: (www.g1.globo.com)