quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Bancada Feminina quer mais recursos no orçamento para combate da violência contra mulher...

(Agência Câmara)

Em reunião com movimentos de mulheres nesta terça-feira, a bancada feminina da Câmara decidiu atuar mais fortemente junto a Comissão Mista de Orçamento para elevar os recursos reservados para as políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher em 2013. O orçamento da Secretaria de Políticas para as Mulheres proposto para o governo em 2013 teve uma queda de 40% em relação ao aprovado para 2011.

A coordenadora da bancada, deputada Janete Rocha Pietá, do PT de São Paulo, disse que vaia procurar o presidente da comissão, deputado Paulo Pimenta, do PT do Rio Grande do Sul.

"Eu digo que parto sempre do pressuposto de que não tentar é 100%  de não. Tentar, pelo menos nós estaremos com 50% de possibilidades. Eu sou uma pessoa de esperança e que sempre acredita. Por isso, eu acho que temos conseguido avançar nesta Casa."

A deputada Fátima Bezerra, do PT do Rio Grande do Norte, sugeriu a atuação junto aos 10 relatores setoriais do Orçamento de 2013. Já a deputada Luíza Erundina, do PSB de São Paulo, propôs a inclusão de dispositivos de anti-contingenciamento nas emendas parlamentares destinadas às políticas publicas relacionadas às mulheres.

Durante a reunião, a representante do Movimento dos Atingidos por Barragens, Lívia Gonçalves, denunciou que as grandes obras de infraestruturas que estão ocorrendo no País têm tido o efeito de aumentar a exploração de mulheres por meio da implantação de prostíbulos. As próprias empresas forneceriam vales para o uso dessas casas.

"Uma cidade com 7 mil habitantes e chegam 20 mil homens para construir uma obra, é uma coisa alucinante. Não só para a cidade, mas também para os operários que estão em condições degradantes na maioria das vezes; como é o caso da Belo Monte onde todo o tempo os funcionários estão parando. mas então eles oferecem como lazer utilizar de prostíbulos como isso fosse uma coisa normal, como se isso fosse lazer tanto para a vida dos homens como para a vida de nós, mulheres."

Maria Mendes, do Movimento de Mulheres Camponesas, citou ainda a violência que ocorre com a expansão do agronegócio no país. Segundo ela, esta pode ser uma violência direta contra a vida das pessoas na medida que a alimentação esteja mais suscetível aos agrotóxicos. Também estavam na reunião, a Articulação de Mulheres Brasileiras e Movimentos dos Trabalhadores rurais sem Terra.

fonte:(www.agenciapatriciagalvao.org.com)